Sinopse Suma: O primeiro grito veio de um trabalhador da ferrovia isolado pela neve, enquanto as presas do monstro dilaceravam sua garganta. No mês seguinte, um grito de êxtase e agonia vem de uma mulher atacada no próprio quarto. Agora, a cada vez que a lua cheia brilha sobre a cidade de Tarker’s Mill, surgem novas cenas de terror inimaginável. Quem será o próximo? Quando a lua cresce no céu, um terror paralisante toma os moradores da cidade. Uivos quase humanos ecoam no vento. E por todo lado as pegadas de um monstro cuja fome nunca é saciada. (Resenha: A Hora do Lobisomem – Stephen King)

Opinião: Um dos livros mais curtos e menos perturbadores do mestre do horror, A Hora do Lobisomem pode ser lido de uma tacada só. A linguagem rápida em capítulos curtos faz as pouco mais de 120 páginas voarem em poucas horas e, se não provocar medo, tampouco você sairá decepcionado dessa leitura.

A Hora do Lobisomem é uma narrativa-calendário, ou seja, cada capítulo abrange os acontecimentos de um mês do ano, num período de doze meses. Stephen King não faz rodeios nesta obra, apresentando todas as situações de forma bem objetiva e sem perder tempo com muitas explicações. Sob ataque de uma misteriosa criatura, o Lobisomem, a cidade de Tarker’s Mill se vê mês a mês acuada por mortes trágicas, e ninguém sabe ao certo como pôr fim a esse terror.

A linguagem do livro é bem diferente do que estamos acostumados na produção de King. A agilidade com que cada episódio acontece dá um ritmo eletrizante para a narrativa, mas ao mesmo tempo deixa um gostinho de quero mais. Sentimos claramente que a história poderia ter sido mais explorada e detalhada, mas essa, definitivamente, não era a intenção do autor. King não economiza tinta, porém, nas descrições das mortes. Já de cara o primeiro capítulo começa com um banho de sangue e, narrativa que segue, a dor de cada vítima é bem apresentada.

Embora o livro tenha um começo-meio-fim bem claro, a história não segue necessariamente um fio amarrando um capítulo ao outro. A maioria das situações acontecem e se encerram sem ter sequência ou desdobramentos futuros, exceto o episódio envolvendo o personagem-chave para o desfecho.

Quando pensamos em Stephen King somado com lobisomens, logo esperamos uma trama épica de horror. Ainda mais se olharmos para o resultado magistral de ‘Salem com seus vampiros. Expectativas assim não serão saciadas em A Hora do Lobisomem. Ficou claro que King pretendia uma história mais leve, apesar da carnificina. Algo mais voltado para a distração momentânea do que para o pavor e o medo. Sendo assim, a obra cumpre bem o seu papel de alimentar a sede de fãs e novos leitores.

Obs.: Ausente das livrarias brasileiras há décadas, a Suma de Letras reeditou A Hora do Lobisomem em capa dura, projeto gráfico especial e, um capricho à parte, ilustrações originais feitas por Bernie Wrightson, em 1983, para a edição norte-americana. O livro é de encher os olhos e não pode faltar em nenhuma estante.

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O Autor: Stephen King nasceu em 1947 em Bangor, no Maine. É autor de mais de cinquenta best-sellers no mundo inteiro e mais de 200 contos. Os mais recentes incluem Revival, Joyland, Escuridão Total sem Estrelas (vencedor dos prêmios Bram Stoker e British Fantasy), Doutor Sono, Sob a Redoma (que virou uma série de sucesso na TV) e Novembro de 63 (que entrou no TOP 10 dos melhores livros de 2011 pelo New York Times Book Review e ganhou o Los Angeles Times Book Prize na categoria Terror/Thriller e o Best Hardcover Novel Award da organização International Thriller Writers).

Stephen King recebeu em 2003 a medalha de Eminente Contribuição às Letras Americanas da National Book Foundation; em 2007 foi nomeado Grão-Mestre dos Escritores de Mistério dos Estados Unidos; e em 2015 recebeu do presidente Barack Obama a National Medal of Arts por “sua combinação de narrativa notável e análise precisa da natureza humana, com trabalhos de terror, suspense, ficção científica e fantasia que, por décadas, assustaram e encantaram públicos de todo o mundo”.

Ele mora em Bangor, no Maine, com a esposa, a escritora Tabitha King.

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