Foram 91 livros lidos em 2017 (não contarei e não levarei em consideração neste post as releituras). O ano foi fantástico e montar essa lista foi extremamente difícil. Acabei deixando alguns títulos de fora com dor no coração, mas eis os 10 mais marcantes:
1 – O Ceifador – Neal Shusterman
Com um enredo sólido, inteligente e original, O Ceifador é um livro único. Fugindo das abordagens óbvias, e um tanto batidas, de seres mágicos ou robôs dominadores, Neal se utilizou de argumentos bem palpáveis para imaginar sua sociedade do futuro. Primeiro: o homem dominou técnicas de prolongamento da vida e pôs um fim à morte. Segundo: uma inteligência artificial (uma nuvem!) passou a controlar absolutamente tudo no mundo, substituindo governos e estruturas burocráticas.
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2 – A Melodia Feroz – Victoria Schwab
Victoria Schwab produziu uma obra inventiva com uma construção impecável que certamente vai encantar leitores fãs de qualquer gênero literário. Uma daquelas histórias que encantam, emocionam, arrancam sorrisos e nos fazem sentir parte da jornada dos personagens.
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3 – Por Trás de seus Olhos – Sarah Pinborough
Leia este livro e siga à risca o conselho de não confiar nele, nos seus personagens e em você mesmo. Não haverá arrependimento nenhum quando você ler a última frase da página 346! Apenas choque!
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4 – O Conto da Aia – Margaret Atwood
Este não é um livro panfletário e tampouco é uma obra para uma leitura rápida e descontraída. O Conto da Aia é uma distopia poderosa para ser lida e assimilada em toda a sua essência, alertas e mensagens. É simplesmente uma obra-prima.
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5 – O Homem do Castelo Alto – Philip K. Dick
O que é a realidade, afinal? A realidade é que Hitler e os países do Eixo venceram a Segunda Grande Guerra, expandiram seus domínios e agora detém o controle do mundo. Alemanha e Japão são as potências que dividiram os despojos, mudaram fronteiras e passaram a ditar as regras. O Homem do Castelo Alto é uma daquelas joias da literatura. Um desses escritos fadados a sobreviver e intrigar gerações em qualquer realidade que venha a ser lido.
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6 – Sempre Vivemos no Castelo – Shirley Jackson
Conhecer os Blackwood é uma experiência imperdível. Mesmo que num primeiro momento a história não te atraia, faça uma releitura e mergulhe nos relatos de Merricat quantas vezes for preciso. Deixe-se levar por Shirley Jackson com toda sua sutileza, vigor, humor e tom macabro. Certamente você terá uma nova autora favorita na estante.
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7 – As Coisas que Perdemos no Fogo – Mariana Enriquez
As doze histórias se sucedem numa linguagem que em nenhum momento perde o ritmo. A qualidade dos contos é crescente e é difícil apontar algum que saia da média, alta, da obra. Soma-se a isso uma ambientação cinematográfica que nos faz personagens das histórias, tão bem são as descrições de lugares, costumes e características.
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8 – Boneco de Pano – Daniel Cole
O estreante Daniel Cole soube construir uma trama que não foge das características mais marcantes do gênero, mas que dá novos ares com pequenos toques de inovação. É suspense de primeira qualidade e que nos deixa com aquela sensação de renovação.
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9 – Entre Quatro Paredes – B.A. Paris
A linguagem de B.A. Paris flui de tal maneira que praticamente devoramos suas páginas acompanhando um drama crescente. A sensação de impotência da personagem passa para nós e é impossível não nos colocarmos ao seu lado nessa batalha onde somente a inteligência meticulosa pode sair vencedora.
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10 – Coração Satânico – William Hjortsberg
Mesclando suspense com terror em uma narrativa crescente em que as ações vão ganhando contornos cada vez maiores, o clímax da história é aquele tão famoso soco no estômago. Um final surpreendente e à altura da qualidade do mistério criado. Ao unir todos esses ingredientes de forma precisa, sem exageros ou soluções grotescas, William Hjortsberg produziu uma obra-prima que segue impressionando e fascinando diferentes gerações de leitores.
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Aos interessados em conferir mais listas:
Os livros que deixaram a desejar em 2017
Os dez melhores livros de 2016
Os livros que deixaram a desejar em 2016
Até a próxima pessoal! =D
Me interessei muito por O ceifador e O Homem do Castelo Alto. Já coloquei eles na minha lista.
Willian, espero que curta. O Ceifador é um enredo inteligentíssimo, daquelas sacadas fantásticas… Já Homem do Castelo Alto eu diria que é clássico, faz pensar. Quando ler me passe sua opinião 😉