Sinopse Arqueiro: Um dos mais ricos comerciantes da Inglaterra, Joseph Waite sempre deu o melhor para a filha, Charlotte, mas jamais permitiu que ela tivesse uma vida livre. Na primavera de 1930, quando ela foge de casa, Waite mantém o caso longe da polícia e procura os serviços de Maisie Dobbs, conhecida por sua discrição e seus poderes de dedução. Em sua busca, ela se dá conta de que há conexões entre o desaparecimento da moça e um assassinato que está sendo investigado pelo inspetor Stratton, da Scotland Yard. Com sua perspicácia, Maisie já conquistou o respeito do detetive, mas vai precisar convencer a polícia – mais uma vez – de que uma mulher é tão capaz quanto um homem no combate ao crime. Ao descobrir que há ainda mais mortes envolvidas na trama, ela percebe que precisa desenterrar o passado traumático da Primeira Guerra e resolver o mistério antes que mais uma tragédia ocorra. (Resenha: O Caso das Penas Brancas – Jacqueline Winspear)

Opinião: Segundo volume da série Maisie Dobbs, O Caso das Penas Brancas trabalha melhor o suspense do que a obra que o antecede, contudo, ainda fica devendo uma narrativa que de fato segure a atenção dos leitores. No fim, a ambientação de época e os detalhamentos históricos acabam, novamente, se destacando mais do que a trama de mistério em si.

Estabelecida como investigadora particular, Maisie Dobbs é contratada para encontrar a filha de um rico e metódico comerciante. Envolto em mistérios, esse desaparecimento mostra-se conectado a alguns assassinatos ainda em investigação pela polícia de Londres. Aparentemente todas as vítimas tinham relações de amizade entre si e, talvez, a desaparecida Charlotte possa estar correndo algum perigo. O problema é que não há pistas de para onde ela possa ter ido. Por onde começar uma investigação? E o quanto se pode confiar nos depoimentos de alguns dos envolvidos?

O Caso das Penas Brancas traz um bom mistério em que assassinatos se acumulam e o desafio de conectá-los e chegar tanto a um culpado quanto a encontrar a personagem desaparecida podem mexer com os instintos de detetive dos leitores. Só que a narrativa é bem lenta e a característica principal de Maisie, de análise quase psicológica de cada envolvido, perde força em diversos momentos fazendo com que o livro não tenha um bom ritmo de leitura. Sobra uma excelente ambientação de época e falta ritmo envolvente.

Comparado ao livro que o antecede, O Caso das Penas Brancas traz um suspense muito mais elaborado e nos leva por caminhos bem tortuosos até um desfecho que foge completamente das expectativas. Nesse quesito, Jacqueline Winspear consegue entregar uma história redondinha e com boas cartas na manga para surpreender os leitores. Mas fica nisso. O conjunto da obra não consegue despertar maiores emoções e as tais penas brancas que dão título ao livro não convencem enquanto pista ou explicação.

Fazendo um paralelo direto com outros títulos da coleção Mistérios em Série, o ponto bem fora da curva de Maisie Dobbs, pra mim, é justamente a falta de carisma da protagonista. É bem diferente do Inspetor Gamache ou da espiã Georgie que despertaram simpatia de cara e, com isso, impulsionaram em muito as tramas que investigam. Mas, como sempre coloco, são impressões muito pessoais, logo cada leitor provavelmente vai ter suas experiências e poder comentar aí para ampliarmos um pouco essa discussão.

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A Autora: Jacqueline Winspear nasceu e cresceu em Kent, no sul da Inglaterra. Em 1990, após uma carreira no mercado editorial e no ensino superior em Londres, ela se mudou para a Califórnia, onde mora atualmente. Primeiro livro de sua série de sucesso, Maisie Dobbs ganhou o Agatha Award de melhor romance de estreia e foi finalista de diversos prêmios de mistério, como o Anthony e o Edgar Allan Poe Awards.

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Jornalista e aprendiz de serial killer. Assumidamente um bookaholic, é fã do mestre Stephen King e da literatura de horror e terror. Entre os gêneros e autores preferidos estão ficção científica, suspense, romance histórico, John Grisham, Robin Cook, Bernard Cornwell, Isaac Asimov, Philip K. Dick, Saramago, Vargas Llosa, e etc. infinitas…

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