Sinopse Record: Roger Brown é o melhor headhunter da Noruega. As maiores empresas do país contam com seu faro na hora de escolher os executivos que ocuparão os cargos de liderança. Roger é casado com uma mulher deslumbrante, dona de uma badalada galeria de arte, e mora em uma mansão construída por um renomado arquiteto. Ele tem a vida perfeita, mas é cada vez mais difícil pagar por ela. E Roger só consegue pagá-la roubando obras de arte e vendendo-nos para o mercado paralelo. Até que surge em seu caminho Clas Greve, um executivo holandês de alto gabarito. Greve é um duplo achado: o candidato perfeito para um cargo altíssimo que, além disso, possui um quadro do pintor flamengo Rubens que se acreditava estar perdido desde a Segunda Guerra Mundial. Se conseguir colocar as mãos em sua presa, Roger finalmente poderá dar fim a seu papel no mercado paralelo da arte e assumir por completo a vida perfeita que sempre sonhou. Mas há outro caçador nesse jogo, e os riscos que Roger corre podem levá-lo para um terrível pesadelo. (Resenha: Headhunters – Jo Nesbø)

Opinião: Obra independente, que não faz parte de nenhuma de suas séries com detetives, Headhunters, do aclamado norueguês Jo Nesbø, é um thriller de ação excepcional e envolvente. É um daqueles livros que a gente pega pra se distrair e não consegue largar até descobrir o desfecho.

Acostumado com o estilo investigativo de Harry Hole em inúmeras obras, decidi encarar Headhunters, em sua nova edição brasileira, para conhecer um pouco mais das facetas literárias de Nesbø. E me surpreendi com um estilo bem diferente de narrativa em um jogo de inteligência, obstinação e mau-caratismo para todo lado. Sim, porque não há mocinhos nessa história. Por mais que a gente simpatize com um ou outro, o fato é que a trama é focada no mais esperto. Esse é quem vai sobreviver. Não importa como.

Headhunters pode ser definido tranquilamente como um jogo. Roger, o protagonista, é uma lenda, o rei do mercado. Quando ele seleciona e indica um profissional para um cargo, qualquer empresa contrata sem pestanejar. Talvez esse status tenha conferido a vida dos sonhos com luxo e dinheiro? Talvez. Mas o fato é que as finanças de Roger não andam lá tão bem e ele acaba fazendo uns “bicos” roubando obras de arte valiosas e revendendo. Tudo da forma mais discreta e bem planejada possível. Afinal, Roger é o melhor. Até o dia em que seu caminho cruza com o de Clas, alguém perfeito tanto para um cargo quanto para vítima de mais um furto. Só que Clas… Bem, ele também é o melhor no que faz.

Roger e Clas vão se lançar num jogo de interesses onde vale tudo para conquistar cargo, poder, influência, dinheiro, mulheres… E só um vai sair ileso. Aqui entra a graça de Headhunters. Ambos têm objetivos muito bem definidos e não desistem fácil. Vale tudo, e algumas sequências são dignas daqueles filmes de ação em que nem um ataque nuclear mata o personagem principal, sabem do que estou falando? Há exageros, há um ou outro furo ou facilidade que a gente sabe que jamais daria certo na vida real? Sim, de sobra. Mas trata-se de ficção de entretenimento e a gente se diverte pra caramba acompanhando esse gato-e-rato pra saber quem vai se dar bem no final. Logicamente, em se tratando de um autor bem acostumado com suspense, Headhunters traz boas reviravoltas ou plots que a gente jamais podia esperar. Incluindo os últimos parágrafos e sua ironia final.

Jo Nesbø construiu o que, pra mim, é um livro divertido de suspense. Não tem como não simpatizar com algum dos personagens e torcer a todo custo para que seus golpes deem certo. Os parágrafos curtos e a narrativa em primeira pessoa – feita por Roger, e assim temos apenas a visão dele dos fatos, faz com que as pouco mais de duzentas páginas sejam facilmente devoradas. E pra falar rapidamente dele, Roger, basta dizer que ele tem um senso de humor um pouco sarcástico e autodepreciativo que dão um tom ainda mais envolvente não só para a história como o personagem em si. Ele é o maioral, ele sabe todas as técnicas, ele não se deixa intimidar e não está acostumado a perder. Será que Clas é um oponente a altura?

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O Autor: Jo Nesbø escritor e músico norueguês premiado pelo Edgar Award. Formou-se na Escola Norueguesa de Economia e Administração de Empresas com uma licenciatura em Economia. Nesbø é célebre sobretudo por seus romances de crime sobre o detetive Harry Hole, mas ele é também o principal vocalista e compositor da banda de rock norueguês Di Derre. Seus livros venderam mais de um milhão e meio de cópias na Noruega e sua obra foi traduzida para mais de quarenta línguas.

Em 2009, foi agraciado pelo prêmio de reconhecimento pelo público da revista Dagbladet ao ter três de seus livros estado no topo da lista de livros mais vendidos na Noruega. Ele também escreveu uma série de livros infantis sob o título Doktor Proktors prompepulver.

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Jornalista e aprendiz de serial killer. Assumidamente um bookaholic, é fã do mestre Stephen King e da literatura de horror e terror. Entre os gêneros e autores preferidos estão ficção científica, suspense, romance histórico, John Grisham, Robin Cook, Bernard Cornwell, Isaac Asimov, Philip K. Dick, Saramago, Vargas Llosa, e etc. infinitas…

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