Sinopse Trama: Quando Jace Wilson, um jovem de catorze anos, testemunha um brutal assassinato, acaba tendo de mergulhar em uma nova vida: criou outra identidade e se escondeu em um programa para adolescentes problemáticos no deserto. O plano é tirar Jace do circuito enquanto a polícia vai em busca dos dois assassinos. Mas este é apenas o começo do pesadelo: os criminosos estão eliminando qualquer um que cruze seu caminho. Agora, tudo o que resta entre eles e o garoto são Ethan e Allison Serbin, responsáveis pelo programa de sobrevivência no deserto; Hannah Faber, que ocupa uma solitária torre de vigia de incêndio; e quilômetros sem fim das montanhas desoladas de Montana. O tempo está correndo, as montanhas estão queimando ― e aqueles que desejam a morte de Jace Wilson não estão tão distantes assim. (Resenha: Aqueles que me desejam a Morte – Michael Koryta)

Opinião: Acredito sempre na premissa de conceder uma segunda chance a autores que nos decepcionam à primeira vista. Michael Koryta é um desses e, vejam só, dessa vez conseguiu me encantar e prender minha atenção tanto quanto meus favoritos do gênero. Explicando, seu outro livro publicado no Brasil, Um Rio muito Frio, foi uma das maiores geladas (perdoem o trocadilho) que já encarei. A resenha inclusive é uma sequência sem fim de parágrafos detonando o calhamaço de então. E eis que a Trama, talvez motivada pelo filme, decide lançar Aqueles que me desejam a Morte. E eis que eu decido dar uma segunda chance ao Michael…

Histórias de corrida contra o tempo para salvar vidas costumam render excelentes filmes. A tensão se soma a ação. O espírito de solidariedade e empatia com o próximo entra em cena para enfrentar uma ameaça que tanto pode ser humana quanto de forças da natureza. E nós, pobres mortais, embarcamos na aventura torcendo para o desejado final feliz. De modo bem grosseiro (e preguiçoso) é assim que podemos fazer o resumão de Aqueles que me desejam a Morte. Uma trama em que há vidas em jogo, há ameaças tanto de fenômenos quanto de vilões e há também personagens cativantes. O tempero é uma boa dose de suspense com algumas reviravoltas que apimentam o desenrolar dos capítulos. É suspense de ação. Bom pra caralho!

Aqueles que me desejam a Morte traz um ponto de partida que me lembrou O Cliente, de John Grisham: um garoto testemunha um assassinato e a partir disso torna-se alvo dos bandidos. Só que os bandidos aqui são vilões de primeira grandeza, dignos de um filme dos irmãos Coen. Assassinos meticulosos, frios, com extremo senso de organização e implacáveis. É praticamente impossível escapar deles (são dois e são irmãos). Isso vai ficar claro pra nós a cada novo avanço da história e já vai deixar bem evidente que essa coisa de final feliz talvez não tenha espaço neste livro.

Num segundo plano, há um casal, Ethan e Allison. Eles vivem nas montanhas e são responsáveis por ensinar garotos problemáticos a sobrevierem em meio a intempéries, desertos e situações extremas. Aos dois é dada a missão de cuidar do nosso garoto-alvo. O menino é misturado junto a outros alunos e parte com Ethan para a floresta, numa temporada mais seca. É a forma encontrada pela polícia para sumir com ele do mapa. Parece apropriado, não? Talvez, mas lembram do que falei dos nossos bandidos? Então…

Por fim, há mais um personagem no jogo. Trata-se de Hannah. Uma mulher forte que vive numa torre de vigia para detectar e alertar bombeiros sobre incêndios na floresta. Ela tem um passado traumático e ainda não superou as tragédias que marcaram sua vida. E em determinado momento nosso garoto-alvo vai cair nas mãos dela. Teremos então a chance de ela acertar as contas com o passado ao encarar o imenso desafio do presente. Mas tem nossos amigos bandidos, lembram?

Tudo isso colocado no papel, Aqueles que me deseja a Morte é um thriller de muita ação numa corrida para salvar a vida do nosso garoto, Jace. Ele vai para a floresta, mas os bandidos estão atrás. É preciso técnica de sobrevivência, força de vontade e muita astúcia para despistar todos. Só que alguém (advinham quem?) acaba colocando fogo nessa floresta. Sentiram o ar esquentando? Começa então o suspense mais frenético que você vai ler. Com boas reviravoltas, muita cena de ação e personagens extremamente cativantes, todos empenhados em salvar um único garoto. Mesmo que para isso precisem entregar a própria vida.

A escrita de Michael Koryta, que já critiquei pelo excesso de detalhamento desnecessário, é precisa neste livro. Tudo flui na velocidade das chamas. O que faz com que as páginas sejam consumidas pela nossa curiosidade. É um excelente livro para se entregar num fim de semana de relax (li em dois dias). E se ainda quiserem tirar uma liçãozinha… Dá pra perceber que por mais implacáveis que sejam seus oponentes, sempre é possível vencê-los com determinação e muita atenção aos detalhes. A esperteza está neles!

Boa leitura e lembre-se: autores sempre merecem uma segunda chance heheheh!

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Do Autor leia também:

Aqueles que me desejam a Morte

Um Rio muito Frio

O Autor: Michael Koryta é escritor norte-americano de suspense e terror. Seus livros figuram na lista de best sellers do New York Times e receberam inúmeros prêmios, além de terem sido traduzidos para mais de vinte idiomas. Koryta é formado em justiça criminal pela Universidade de Indiana, é repórter e ex-investigador particular.

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Jornalista e aprendiz de serial killer. Assumidamente um bookaholic, é fã do mestre Stephen King e da literatura de horror e terror. Entre os gêneros e autores preferidos estão ficção científica, suspense, romance histórico, John Grisham, Robin Cook, Bernard Cornwell, Isaac Asimov, Philip K. Dick, Saramago, Vargas Llosa, e etc. infinitas…

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