Sinopse Arqueiro: Allyson sabia muito bem quem era: uma jovem quieta e organizada que colecionava despertadores antigos e queria cursar medicina. Sua vida estava planejada e ela estava satisfeita com o que tinha. Até que, no último dia de uma excursão pela Europa, ela conhece Willem, um ator holandês que lhe oferece a chance de ser outra pessoa, apenas por um dia. Em uma viagem inesperada a Paris, Allyson conhece um mundo inteiro que nunca pensou que pudesse existir: o amor, o desejo de explorar as possibilidades, a vontade de traçar um novo destino para si mesma. (Resenha: Apenas um Dia – Gayle Forman)
Opinião: Meu Deus, não sei nem por onde começar. Esse foi um daqueles livros que agarram o leitor logo na primeira página. A proposta de largar tudo pro alto, fazer uma “loucura” por um dia e, simplesmente, viver o que a vida tem para oferecer é tentadora e praticamente todo mundo já passou por um momento assim. É aí que conhecemos a jornada de Allyson, uma jovem bem tranquila, que sempre foi uma filha exemplar, uma aluna exemplar, sem muitas surpresas, sempre seguindo as regras… Eis que, ao final de um excursão de formatura pela Europa, ela esbarra com um holandês charmoso e de espírito livre que a convence a ir para Paris com ele por um dia.
Vamos acompanhar, então, um dia na vida dessa garota com um cara que ela acabou de conhecer, numa cidade apaixonante que ela nunca visitou e com poucos euros no bolso. O pesadelo de qualquer mãe ou pai, o sonho de (quase) todo jovem. É encantadora a forma como Gayle Forman cria o ambiente, a personalidade dos dois (principalmente de Allyson), os conflitos de dois turistas aproveitando um único dia juntos numa cidade com tanto para ver e absorver. Realmente, a escritora da autora tem uma melhora absurda de, por exemplo, Se Eu Ficar (mais sucesso de Gayle, que até teve uma adaptação para as telonas) para Apenas Um Dia.
Allyson é uma personagem muito real e fácil de se identificar. Se você foi o nerd da época da escola, que preferia ficar em casa fazendo qualquer coisa à ir numa festa beber ilegalmente, 99% de chances de se ver na personagem. Os medos, as expectativas para o futuro, as dúvidas são todas muito pertinentes e conversam bastante com a fase de fim do ensino médio e início da faculdade. Essa vontade de ser uma versão melhorada de si mesmo, mostrar-se diferente para novas pessoas que ainda não te conhecem, mas ao mesmo tempo sem perder sua essência é uma grande preocupação dessa idade e Gayle Forman conseguiu passar isso para sua personagem com maestria.
Mas é claro que tudo que é bom dura pouco… Depois dessa aventura inusitada à la Antes do Amanhecer (a melhor trilogia do cinema, ok?!), somos jogados na vida da Allyson universitária, já um ano depois dos acontecimentos daquele dia. E é aí que tudo começa a ficar muito melhor. Embarcamos numa jornada de autoconhecimento e discussões sobre o sentido da vida e a consequência das escolhas que fazemos. A jovem se vê perdida num curso que não sabe se é o que realmente quer para sua vida, ainda pensando naquele dia em Paris ao lado de um completo desconhecido, tendo algumas desavenças com os pais super controladores e com a melhor amiga de infância. Novas amizades surgem, novas oportunidades também e Ally percebe que precisa tomar as rédeas de sua vida e, quem sabe, mudar o rumo de sua história. Não vou falar muito mais que isso para que você possa aproveitar a história em sua experiência completa.
Porém, preciso dizer que, ao criar diversas teorias e expectativas sobre o final que (para mim) seria o ideal, acabei me frustrando demais na ÚLTIMA PÁGINA! Quando terminei, minha vontade era jogar o livro pela janela de tão estressado que fiquei. Gostaria, sim, que a história toda se resolvesse neste único volume, sem a necessidade de uma continuação. E isso seria muito possível… se não fosse pela última página.
Então, sim, adorei este livro, foi uma história que mexeu demais comigo, me identifiquei horrores com a protagonista, mas o final decepcionou bastante. Pretendo ler a continuação? Infelizmente, sim. Creio que, por esta bomba ter sido jogada no meu colo nas últimas palavras, vou precisar terminar de ler a duologia para ficar mais tranquilo (ou não) em relação à história. É um livro que eu recomendo e muito, apesar do final. Iria dar 5 estrelas, favoritar e tatuar o livro na minha testa de tanto que estava gostando. Mas acabei dando 4, porque a última página não tirou o mérito de toda uma história tão emocionante e marcante para mim.
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A Autora: Gayle Forman começou sua carreira entre as letras como jornalista, mas, aos 34 anos, ingressou no universo literário. Com 9 milhões de livros vendidos no mundo, também é autora de Eu perdi o rumo , O que há de estranho em mim e Eu estive aqui, publicados pela Editora Arqueiro. Se eu ficar vendeu mais de 5 milhões de exemplares em 40 países. Atualmente, Gayle mora no Brooklyn com o marido e as filhas.
