Sinopse Vestígio: Combinando histórias reunidas a partir de sua rica trajetória como terapeuta (distribuídas entre quatro personagens inesquecíveis) à sua própria experiência como paciente, Lori nos oferece um relato afetuoso, leve e comovente sobre a universalidade de nossas perguntas e ansiedades, e joga luz sobre o que há de mais misterioso em nós, afirmando nossa capacidade de mudar nossas vidas. Uma jornada emocionante de autodescoberta, uma homenagem à natureza humana e um lembrete sobre a importância de sermos ouvidos, mas também de sabermos ouvir. Um livro sobre a importância dos encontros, dos afetos e da coragem de todos os que partimos para a aventura do autoconhecimento. (Resenha: Talvez você deva conversar com alguém – Lori Gottlieb)

Opinião: O tabu em torno da terapia tem diminuído através dos anos, mas ainda é bem forte e nós precisamos falar sobre isso. Para além deste ponto, falar sobre a experiência literária que Lori Gottlieb propõe e desenvolve em cada um é muito diferente e pessoal.

Talvez você deva conversar com alguém não é um simples livro de autoajuda aos quais estamos acostumados. A narrativa aqui se assemelha a um romance sobre personagens fictícios se desenvolvendo através de sessões de terapia – e é exatamente essa a proposta. Lori se utiliza de casos reais, porém inventa nomes e altera algumas informações para proteger a identidade de seus pacientes.

É impossível não se identificar com pelo menos um dos pacientes de Lori e, até mesmo, com a própria Lori. O livro conversa o tempo todo com o leitor e o coloca como parte daquela sessão de terapia. É como se o leitor fosse o estagiário assistindo à sessão através do vidro espelhado – mencionado pela própria autora como parte de sua formação.

Para quem ainda não se aventurou por obras de autoajuda – inclusive, estou nesta categoria -, esta pode ser uma ótima porta de entrada. Principalmente, devido ao momento em que vivemos. Não é novidade para ninguém que o psicológico de todos nós ficou (e ainda está) muito abalado por este período de grandes tragédias envolvendo a pandemia e, claro, problemas pessoais que não deixaram de existir (muito pelo contrário).

A escrita de Lori é simples e fluida. Ela prende o leitor em sua biografia e na biografia de seus pacientes, também. Tudo se encaixa e a dinâmica oferecida pela autora realmente faz o leitor esquecer de que se trata de vidas reais protegidas através de pseudônimos. Ótima recomendação para começar o ano e refletir sobre as diversas pautas que o livro propõe. Se cuidem, cuidem de quem vocês amam e não deixem que um tabu social prejudique a vida de quem precisa de terapia (todos nós).

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A Autora: Lori Gottlieb além de sua prática clínica como terapeuta, Lori Gottlieb escreve a coluna semanal de conselhos “Caro terapeuta”, da revista The Atlantic, e contribui regularmente com o New York Times e muitas outras publicações. Já escreveu centenas de artigos relacionados a psicologia e cultura, muitos dos quais se tornaram sensações na internet. É uma especialista requisitada com frequência por mídias como The Today Show, Good Morning America, The CBS Early Show, CNN e NPR.

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Um jornalista (e futuro publicitário) apaixonado por livros e pela Taylor Swift. Lê um pouco de tudo, do suspense ao romance romântico (mas tem uma quedinha por contemporâneos com personagens odiosos). Vive esperando uma ligação da Sandy para tomar um cafezinho em Campinas. Enquanto isso não acontece, passa seu tempo no mundo dos livros, filmes e músicas.

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