Sinopse Suma: Villanelle (um codinome, é claro) é uma das assassinas mais habilidosas do mundo. Uma psicopata hedonista, que ama sua vida de luxo acima de quase qualquer coisa… menos a emoção da caçada. Especializada em matar as pessoas mais ricas e poderosas do mundo, Villanelle é encarregada de aniquilar um influente político russo, e acaba com uma inimiga determinada em seu encalço. Eve Polastri é uma ex-funcionária do serviço secreto inglês, agora contratada pela agência de segurança nacional para uma tarefa peculiar: identificar e capturar a assassina responsável e aqueles que a contrataram. Apesar de levar uma vida tranquila e comum, Eve possui uma inteligência rápida e aguçada – e aceita a missão. Assim começa uma perseguição através do globo, cruzando com governos corruptos e poderosas organizações criminosas, para culminar em um confronto do qual nenhuma das duas poderá sair ilesa. Codinome Villanelle é um thriller veloz, sensual e emocionante, que traz uma nova voz à ficção internacional. (Resenha: Codinome Villanelle – Luke Jennings)

Opinião: Impulsionado pelo sucesso da série Killing Eve, o livro que a inspirou desembarca com altas expectativas nas livrarias brasileiras e, em alguns casos, gerando surpresa em fãs que não faziam ideia da existência de uma série de livros por trás de tudo. E como todo bom livro que é adaptado, Codinome Villanelle traz consigo consideráveis doses de diferença de sua adaptação. A dinâmica do livro, logicamente, é bem diferente da série. E como nosso foco aqui é falar de livros, vamos então dissecar um pouquinho dessa história…

Codinome Villanelle pode receber diferentes classificações em gênero. Enquanto thriller, a obra é recheada de cenas de ação, tensão e assassinatos meticulosa e engenhosamente planejados. É um prato cheio para quem curte o estilo. Mas também podemos falar do ponto de vista de um romance de espionagem, porque a trama vai seguir por um caminho de caça entre serviço secreto e a matadora do título. Por fim, há as doses de drama e romance com sexo, vidas familiares, e uma protagonista que foge totalmente daquele padrãozão “mulher fatal que seduz os homens”. Fato pra lá de importante, Villanelle se entrega ao prazer tanto com homens quanto com mulheres. E tudo desenvolvido sem estereotipagens ou insinuações incorretas. Não. Aqui há uma personagem com liberdade para viver do seu jeito, sem julgamentos dos outros.

“O que a empolga muito mais é fitar os olhos de outra pessoa e saber, como uma naja que oscila diante da presa hipnotizada, que seu controle é absoluto.”

Dividido em partes bem definidas em suas temáticas, Codinome Villanelle traz a assassina Villanelle, uma matadora que atua em função de uma poderosa organização. Bem protegida e dona de técnicas minuciosas para eliminar suas vítimas, ela é acostumada a uma vida de luxo, bom gosto e fortes emoções. Em consideráveis capítulos, somos apresentados a ela e acompanhamos algumas de suas missões pelo mundo. É possível dizer que temos uma grande introdução à sua figura. E de outro lado, temos Eve, sua antagonista. Funcionária do serviço secreto inglês, sua função é caçar a misteriosa assassina num jogo de gato e rato por diversos países. Novamente, acompanhamos os primeiros passos de Eve e sua dinâmica para conciliar trabalho e casamento, tudo também em uma grande introdução. Sim, porque Codinome é o primeiro livro de uma história maior.

Importante destacar que os leitores embarcam em uma história cujos capítulos, ou missões, se desenvolvem muito bem com início, meio e fim. Há a reunião dessas tramas pelo fio condutor de uma investigação que vai se tornar caçada, mas o foco central de Codinome Villanelle é nos introduzir nesse ambiente. Tanto que a obra chega a um desfecho em aberto, com a deixa para a sequência.

Enquanto trama de suspense-espionagem, Codinome Villanelle é diferente de tudo que já li. E olha já contei que não sou tão fã dos romances de espiões. Mas aqui a pegada é outra e há um ritmo alucinante. É mais um daqueles livros que devoramos em poucas horas/dias. A sequência de cenas de ação é bem balanceada por passagens mais lentas que dão um tom certo para o desenvolvimento da história. Me peguei envolvido pelo livro e já torcendo para que continuações cheguem ao Brasil. Ah, na hora da leitura, tentem não buscar comparações a todo momento com a série. Entendam a dinâmica de cada uma e divirtam-se.

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Não Existe Amanhã – Killing Eve #2

Codinome Villanelle – Killing Eve #1

O Autor: Luke Jennings é o autor de Blood Knots, livro finalista dos prêmios Samuel Johnson e William Hill, e de vários outros romances, incluindo Atlantic, que foi indicado ao Booker Prize. Como jornalista, ele já escreveu para The Observer, Vanity Fair, New Yorker e Time. É casado e vive atualmente em Londres.

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