Resenha: Bela Gratidão - Corey Ann Haydu

Sinopse Galera Record: Corey Ann Haydu explora as complexidades da família, os limites do amor e quão duro é crescer em uma cultura que premia a beleza acima de qualquer outra coisa e cobra das mulheres nada menos que a perfeição. Uma leitura atual que dialoga direta e honestamente com a multiplicidade de questões enfrentadas por adolescentes e jovens no mundo todo – a confusão do primeiro amor, os dramas familiares e a construção da própria identidade no meio de toda essa loucura. O livro está cheio de personagens realistas, que tropeçam nos próprios medos e cometem erros com alguns dos quais é impossível não se identificar. Montana e sua irmã Arizona têm um pacto desde que a mãe as deixou: São elas duas contra todo o mundo. Com o pai sempre imerso em relacionamentos tóxicos e uma sucessão de madrastas essa foi a maneira que encontraram de seguir em frente. Mas agora que Arizona foi para a faculdade Montana se sente deixada pra trás e perdida, mergulhando em uma amizade vertiginosa e empolgante com a ousada Karissa. No meio disso tudo, Montana encontra uma distração em Bernardo. Resta saber se Montana têm a confiança necessária no que sentem um pelo outro para encaixar Bernardo na sua vida imperfeita. (Resenha: Bela Gratidão – Corey Ann Haydu).

Opinião: E finalmente li meu primeiro livro escrito pela autora Corey Ann Haydu. Muito famosa por suas histórias que se passam no universo teen, Bela Gratidão, não foge a regra. O livro, cheio de histórias dramáticas, personagens que cativam e nos tiram do sério, segue a fórmula perfeita para criar o drama da jovem que está prestes a ver que a vida adulta pode ser bem mais cruel do que a gente sonha quando é jovem.

Toda a história de Bela Gratidão gira entorno de Montana, uma jovem com apenas 17 anos, que está vivendo uma reviravolta na sua vida depois que a irmã mais velha, Arizona, vai para a faculdade e se distancia de sua irmã caçula. As duas, muito unidas desde que a mãe abandonou a família, acabam seguindo seus próprios caminhos. No meio de todo esse turbilhão emocional, Montana conhece Karissa, sua mais nova melhor amiga, mais velha, que a leva para conhecer as aventuras da rebeldia adolescente entre baladas, muita bebida (achei até meio exagerado e sem consequências) e a liberdade de uma nova fase.

Toda a confusão da história, começa quando o pai de Montana  e Arizona, um cirurgião que cada dia tem uma nova namorada, as convida para jantar e apresentar sua mais nova madrasta: a revelação é bem chocante (não vou tirar esse prazer de vocês, rs). Posso adiantar que tudo que se desenhava como uma esperança de dias melhores e menos solitários, simplesmente se torna um verdadeiro pesadelo. Depois de tudo isso, quando já estava me questionando sobre a leitura, surge Bernardo, o par romântico da nossa protagonista. Bernardo é um rapaz bem fofo, a forma como a relação começa é bem aquela coisa que a gente gosta nos livros  adolescentes, mas, como nesse livro  nada é tão bom quanto parece as coisas começam a caminhar por uma estrada que tira um pouco o nosso tesão na leitura.

Devo admitir que a forma como a autora construiu e apresentou seus personagens foi bem interessante, de fato a gente cria uma ligação e chega até a torcer para que aconteçam algumas mudanças e a coisa volte pro lugar, mas, infelizmente,  me senti numa montanha russa de emoções. Quando o carrinho começava a subir, vinha uma virada que fazia tudo despencar novamente. De certa forma, é até fácil entender os motivos de Montana ser  um pouco revoltada (não sei se essa seria a palavra certa pra descrever) com a vida e fazer tanta besteira.

No geral achei que a leitura ficou devendo e não sei se indicaria, como já fiz em outros livros voltados para o público adolescente, para jovens que queiram mergulhar nas páginas de um livro. A autora quis escrever uma história bacana se passando nesse universo, mas, na minha opinião, errou a mão quando se direcionou a esse público, abordando temas sobre drogas e, principalmente,  de bebidas alcoólicas… e olha que eu nem sou tão politicamente correto assim.

Por fim, senti falta de sentir falta dos personagens ao encerrar o livro. Quando a gente mergulha em uma história, o mínimo que esperamos é levar com a gente alguma mensagem, por mais simples que seja, da história contada. Nesse caso, infelizmente, a Bela Gratidão ficou só no título do livro, porque a história como um todo deixou a desejar.

Avaliação: 3 de 5 estrelas

Resenha: Bela Gratidão - Corey Ann HayduSobre a autora: Corey Ann Haydu é autora de livros de YA, OCD LOVE STORY, bem como as novelas de ensino médio REGRAS PARA STEALING STARS e THE SOMEDAY SUITCASE. Graduada na Escola de Artes Tisch da NYU e do programa MFA da Nova Escola para Crianças, a Corey trabalha em publicações infantis desde 2009.

Veja mais sobre este livro.

Deixe uma resposta