Sinopse DarkSide: Acompanhamos a secretária da polícia Verônica Torres, que, na mesma semana, presencia de forma chocante o suicídio de uma jovem e recebe uma ligação anônima de uma mulher desesperada clamando por sua vida. Com sua habilidade e sua determinação, ela vê a oportunidade que sempre quis para mostrar sua competência investigativa e decide mergulhar sozinha nos dois casos. No entanto, essas investigações teoricamente simples se tornam verdadeiros redemoinhos e colocam Verônica diante do lado mais sombrio do homem, em que um mundo perverso e irreal precisa ser confrontado. (Resenha: Bom dia, Verônica – Andrea Killmore)

Opinião: Movido por uma excelente jogada de marketing em cima de uma autora misteriosa – alguém que no passado foi um nome importante na polícia brasileira e cuja verdadeira identidade nem mesmo a editora conhece (verdade? Ou isso também é uma jogada de marketing?), Bom dia, Verônica é certamente a pior publicação da história da DarkSide. Para uma editora que apostou, e acertou em cheio, em editar Cesar Bravo e Rô Mierling, isso para ficar em apenas dois nomes nacionais, investir no enredo carregado de clichês e com boas falhas de pesquisa e coerência de Bom dia, Verônica, me soou estranho e um pouco decepcionante.

A obra gira em torno de duas investigações distintas, que não possuem nenhum elo de conexão. De um lado temos um possível aproveitador de mulheres em busca de dinheiro fácil. De outro, um serial killer sádico com métodos doentios de tratar suas vítimas. No centro de tudo isso, a secretária da polícia Verônica Torres, uma protagonista perfeitamente mal construída. O enredo apresentado na sinopse é promissor e instiga nossa curiosidade. Porém, o desenvolvimento peca pela falta de uma boa pesquisa e cuidado na criação da história. Os episódios todos, se vistos num panorama geral, soam inocentes demais, pouco críveis e, a meu ver, bastante distantes da realidade de uma investigação policial (lembre-se, segundo a editora a autora misteriosa foi alguém da polícia).

Verônica Torres, escrivã da polícia que atua como secretária, é uma personagem que não convence. Todas as suas atitudes passam longe do que podemos aceitar como “um ato de um policial”. Agindo por impulso, sem responsabilidade e com nenhuma noção de muitas das coisas que faz, a única conclusão possível é que a intenção da autora foi evidenciar a incompetência da polícia brasileira. Bola fora! De resto, as cenas “pesadas” de tortura são gratuitas e inseridas de forma amadora. Ao invés de desenvolver com qualidade sua narrativa, a autora optou por inserir cenas que provocassem asco e repugnância nos leitores, certamente contando que isso seria suficiente para garantir o sucesso da obra. Mas a troco de que as atitudes de seus vilões aconteceram, a autora ainda fica nos devendo responder.

Deixando de lado a quantidade de clichês mal colocados, logo na página 24, portanto no começo do livro, Andrea Killmore escreve “… positivo para a bactéria Defungi Vermibus. ” Um parágrafo depois, temos: “Defungi vermibus é o fungo dos mortos…”. Um bom autor se preocuparia em pesquisar e saber que, mesmo se falarmos em liberdades de criação, bactéria e fungo são coisas completamente diferentes. Faltou cuidado tanto da autora quanto da revisão da editora.

Fazendo um resumo geral, Bom dia, Verônica é uma obra para principiantes que não estão acostumados com thrillers de qualidade. A soma de situações esdrúxulas, personagens inverossímeis, narrativa fraca e cenas de violência gratuita sem justificativa passam longe do mínimo que se espera do padrão de qualidade da DarkSide. Um livro que não fará falta na sua estante!

Avaliação: 2 Estrelas

A Autora: Andrea Killmore Quanto menos você souber sobre Andrea Killmore, menos risco vai correr. Amiga íntima do perigo, a nova autora da DarkSide® Books é uma revelação que não pode se revelar, e seu verdadeiro nome continua um mistério até para a editora. Em outra vida, ela foi alguém importante dentro da polícia. Após trabalhar infiltrada em um caso e sofrer uma grande perda pessoal, a autora se viu obrigada a assumir uma nova identidade. E com ela, uma nova vocação. Escondida nas sombras, buscou na literatura a saída para vencer a depressão e não calar sua voz.

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