Resenha: Esquecer o Natal – John Grisham

Opinião: O Natal é uma época carregada de simbolismos e tradições que são passadas de geração em geração. Enfeitar a casa, fazer compras, preparar a ceia, fazer doações, encarar inúmeras confraternizações, etc., etc., etc. Em geral é um período amado e adorado pelas pessoas e um certo clima de harmonia parece pairar no ar mais do que no resto do ano. Só que Luther Krunk está cansado de tudo isso e quer mesmo fugir da neve e fazer um cruzeiro ao Caribe, esquecendo completamente qualquer obrigação ou tradição natalina. Esse é o enredo do divertidíssimo Esquecer o Natal, de John Grisham.

O protagonista Luther se cansou do Natal e das inúmeras contas que ele traz. Somando despesas percebeu que escapar de tudo e curtir a vida em praias paradisíacas era a melhor opção para a família. Só que nada é tão fácil assim. Luther tem uma vizinhança extremamente apegada ao Natal e que não se mostra disposta a aceitar a fuga dos Krunk. E aí a narrativa, deliciosa, traz sequências de situações que nos arrancam gargalhadas. As sessões escondidas de bronzeamento artificial de Luther para ganhar uma corzinha de verão e seus embates com Vic Frohmeyer, vizinho guardião dos enfeites de ruas, são hilárias.

Em determinados momentos é impossível não nos identificarmos com algumas das chatices que Luther precisa enfrentar. O Natal é uma época maravilhosa, MAS, a confusão das ruas, a tradição do amigo secreto, as iguarias um tanto estranhas e os inúmeros gastos extras são coisas que nos fazem revirar os olhos ou querer fugir para as colinas. Isso é possível? Bom, só mesmo embarcando nessa aventura com a família Krunk para descobrir.

Para quem está acostumado com as tramas de suspense de tribunal cheias de intrigas, ações e mistérios do sempre best-seller autor norte-americano, este livro de pouco mais de duzentas páginas pode parecer estranho. Mas só à primeira vista. Grisham construiu uma história pra lá de engraçada, naquele mesmo ritmo que nos faz engolir as páginas e devorar o livro em, no máximo, dois dias. É uma excelente leitura para fugirmos do estresse do fim de ano, curtindo nosso sol tropical. Isso se as festas e os vizinhos deixarem né?

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O Dossiê Pelicano

A Firma

Tempo de Matar

O Autor: John Grisham é ex-político e advogado aposentado. Incentivado por sua mãe, desenvolveu cedo o hábito da leitura e se tornou um admirador das obras de John Steinbeck, prêmio Nobel de literatura em 1966. Escolheu o Direito como área de atuação, tornando-se advogado especializado em defesa criminal e processos por danos físicos. Escrevia nas horas em que o seu trabalho lhe permitia, e logo publicou seu primeiro livro, Tempo de Matar, em 1989. Seus livros giram sempre em torno de questões de advocacia, e geralmente criticam nuances do sistema judiciário americano e das grandes firmas de direito. Desde maio de 1998 a Universidade do Estado do Mississippi possui uma sala de leitura com o seu nome. Em 2006 figurou na Top 100 Celebrites da revista Forbes. Vive com sua esposa, Renée e suas duas crianças Ty e Shea. Um dos autores mais vendidos no mundo, é o sexto escritor com mais livros vendidos na década de 2000, segundo a Nielsen BookScan, e também o sexto escritor mais lido nos Estados Unidos, segundo a Publishers Weekly.

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