Sinopse Harper Collins: Gabriel Allon está prestes a se tornar o chefe do serviço de inteligência secreto de Israel. Mas na véspera da sua promoção, eventos conspiram para atraí-lo para o campo para uma operação final. ISIS detonou uma bomba no bairro de Marais, em Paris, e o governo francês está desesperado. Gabriel precisa eliminar o homem responsável, antes que ele ataque novamente. A Viúva Negra, Daniel Silva.
Opinião: A Viúva Negra é o 2º livro do autor Daniel Silva publicado pela Harper Collins, sendo esse o décimo livro a chegar no Brasil. O autor tem 19 obras publicadas, sendo que 16 delas são protagonizadas pelo famoso espião Gabriel Allon. Os livros da série são um enorme sucesso nos Estados Unidos, considerados best-sellers conquistando frequentemente o topo da lista de ficção do New York Times. Com todas essas credenciais fiquei bastante curioso e mergulhei nas páginas desse livro que é bastante intrigante.
Uma dica muito importante: esse foi o meu primeiro contato com o autor e também com o personagem, me senti muito a vontade para ler e entender a história mesmo sem ainda ter lido os demais livros, pois as histórias são independentes uma da outra.
Gabriel Allon é considerado um dos melhores restauradores de arte do mundo e também é um espião que trabalha para o serviço secreto israelita. Pesquisando um pouco descobri que Allon iniciou sua carreira em 1972, quando foi recrutado por Ari Shamron para participar da Operação Ira de Deus, cujo objetivo era caçar, se vingar e eliminar os responsáveis pela morte de atletas israelitas na Olimpíada de Munique. Como diz a sinopse, em A Viúva Negra, Allon está prestes a se tornar chefe do serviço secreto de Isarael, mas as vésperas de sua promoção uma bomba explode em Paris e o espião é recrutado para sua operação final e, talvez, mais difícil de sua vida.
Daniel Silva criou uma história assustadoramente semelhante a realidade do mundo atual, onde terroristas implantam o medo em lugares que até então pensávamos ser os mais seguros. No início do livro, inclusive, o autor explica que ao longo da trajetória de criação dessa história, vários atentados aconteceram na França, mas ele decidiu manter o curso de história. Particularmente, apesar de um pouco cruel, acho interessante essa narrativa assustadora onde ficção e realidade ficam muito próximas. Essa foi uma oportunidade incrível de mergulhar nesse problema e enxergar mais profundamente a questão do terrorismo e como isso afeta as pessoas.
No livro, as viúvas negras são uma referência às ex-mulheres de terroristas do estado islâmico que morreram em combate. Essas mulheres se juntam ao califado buscando se vingar do ocidente pelas perdas que suas famílias tiveram. Em busca de descobrir e punir o responsável pelo ataque, Allon, recruta a Dra. Natalie Mizrahi, uma médica judia que foi criada na França, para se infiltrar na célula terrorista e se aproximar do responsável pelo atentado.
Como o autor deixa claro desde o início da sua escrita é fundamental embasar o leitor sobre o estado islâmico, suas motivações, a luta do serviço secreto israelense e os personagens que vão fazer parte de toda a trama em alguns momentos o início da leitura pode ser um pouco cansativa, principalmente por nomes e lugares que pra mim eram pouco conhecidos, mas no desenrolar da trama a história se torna totalmente envolvente, principalmente com o surgimento (uma sacada muito boa) de Natalie, que faz toda a diferença para prender o leitor e instigar a desvendar o que está por trás daquele atentado.
Por fim, A Viúva Negra de Daniel Silva é um livro envolvente e muito inteligente, leva o leitor a outro nível de entendimento dos principais problemas do mundo atual e contribui para refletirmos sobre o tipo de mundo que estamos construindo. Se você gosta de um bom suspense de espionagem pode incluir esse livro na sua meta de leitura, com certeza você não irá se arrepender.
Avaliação: 4 de 5 estrelas
Sobre o autor: Daniel Silva é filho de pais açorianos emigrantes em Massachusetts e passou a infância no seio de uma comunidade de pescadores. Daniel Silva foi produtor executivo da programação da CNN em Washington e em 1987 foi nomeado correspondente no Oriente Médio, no Cairo. Viajou muito por toda a região, cobriu a Guerra Irã-Iraque, o terrorismo e os diversos conflitos políticos na região. Escreveu vários bestsellers que alcançaram o topo da lista semanal de ficção do New York Times, sendo meros exemplos Moscow Rules que em 2008 entrou diretamente para o primeiro lugar (e onde ficaria por mais uma semana), ou The Defector, que repetiria o acesso ao topo no ano seguinte, tal como aconteceu a The Rembrandt Affair em 2010.
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Ontem eu comprei o meu primeiro livro desse autor. Quase levei esse, mas acabei levando outro (não me recordo o nome). Não sou muito fã de tramas internacionais, que cruzem fronteiras dos seus países, mas vejo todo mundo falando bem dele e eu estou ficando sem livro para ler, em menos de uma mês ficaria sem nada, acabei comprando ontem. Espero que eu não me arrepdenda.