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Resenha: Um Tom mais Escuro de Magia – V.E. Schwab

Sinopse Record: Kell é um dos últimos Viajantes — magos com uma habilidade rara e cobiçada de viajar entre universos paralelos conectados por uma cidade mágica. Existe a Londres Cinza, suja e enfadonha, sem magia alguma e com um rei louco — George III. A Londres Vermelha, onde vida e magia são reverenciadas, e onde Kell foi criado ao lado de Rhy Maresh, o boêmio herdeiro de um império próspero. A Londres Branca: um lugar onde se luta para controlar a magia, e onde a magia reage, drenando a cidade até os ossos. E era uma vez… a Londres Negra. Mas ninguém mais fala sobre ela. Oficialmente, Kell é o Viajante Vermelho, embaixador do império Maresh, encarregado das correspondências mensais entre a realeza de cada Londres. Extra-oficialmente, Kell é um contrabandista, atendendo pessoas dispostas a pagar por mínimos vislumbres de um mundo que nunca verão. É um hobby desafiador com consequências perigosas que Kell agora conhecerá de perto. Fugindo para a Londres Cinza, Kell esbarra com Delilah Bard, uma ladra com grandes aspirações. Primeiro ela o assalta, depois o salva de um inimigo mortal e finalmente obriga Kell a levá-la para outro mundo a fim de experimentar uma aventura de verdade. Magia perigosa está à solta e a traição espreita em cada esquina. Para salvar todos os mundos, Kell e Lila primeiro precisam permanecer vivos. (Resenha: Um Tom mais Escuro de Magia – V.E. Schwab)

Opinião: Meu primeiro contato com a escrita da V. E. Schwab foi no final do ano passado. The Invisible Life of Addie LaRue (que será lançado no 2º semestre deste ano como A Vida Invisível de Addie LaRue) foi uma das melhores leituras de 2020 e fez com que eu me interessasse pelas outras histórias da Schwab. Confesso que demorei uns bons meses para (FINALMENTE) encarar outra leitura dela por medo de não ser tão bom quanto… Mas eis que eu entrei na onda da Leitura Coletiva Brincando de Escritora, da Izabela Lopes, e me apaixonei por mais um livro dessa autora que agora quero ler até a lista de compras!

Assim como Addie LaRue, Um Tom Mais Escuro de Magia é uma obra de fantasia, ou seja, completamente fora da minha zona de conforto. Os primeiros 15% por livro foram bem arrastados e confusos, mas acho que essa deve ser a tática da autora para captar a atenção dos leitores. Ela te joga em um mundo novo logo de cara e vai te explicando tudo aos poucos. Então, não se preocupe se estiver entendendo um total de 0 coisa no início, é normal!

Nós somos apresentados, primeiramente, ao Kell, um mago com habilidade de viajar entre as Londres. Mas, meu Deus, Gustavo, como assim “entre as Londres”?? Bom, a fantasia deste livro é trabalhar os universos paralelos e suas respectivas interações com a magia. A Londres Vermelha, onde Kell mora, é onde magia e humanidade andam juntas em harmonia. A Londres Branca é um lugar perigoso, com muitas brigas por poder e onde a magia é usada, majoritariamente, para o mal. A Londres Cinza é a “nossa” Londres, onde as pessoas são apenas pessoas e a magia não existe. E, por fim, temos a Londres Preta, na qual a magia tomou conta das pessoas e onde ninguém mais vai ou tem notícias.

Kell foi adotado pela Família Real da Londres Vermelha quando pequeno e cresceu ao lado do Príncipe Rhy, que é como um irmão para ele. Porém, o mago não se sente como parte da família. Isso pelo fato de trabalhar para a monarquia da Londres Vermelha como mensageiro. A missão de Kell é entregar recados entre as Londres, já que ele é um dos poucos que consegue fazer essa passagem. E, além de mensageiro, ele também é um contrabandista de objetos. E é em uma de suas viagens que ele esbarra com Lila, uma ladra da Londres Cinza que sonha em ter seu próprio navio e navegar pelo mundo.

Quando um artefato com grande poder mágico cai nas mãos de Kell por alguma razão e depois é roubado por Lila que a aventura realmente começa. Lila, que sempre viveu sozinha e dependendo de seus roubos num lugar completamente sem magia, quer conhecer o mundo e desbravar as diversas Londres junto de Kell. Porém, a jornada que eles vão encarar é muito perigosa até para o mago. Será que uma simples humana da Londres Cinza conseguirá sobreviver às magias dos outros mundos?

Bom, pessoalmente, só fui me envolver mesmo com a história quando a Lila chegou. Ela deu outra cara e outro ritmo para o livro e fluiu bastante depois que começamos a saber mais sobre a vida e os anseios dela. Lila é muito forte e carismática, mas suas cenas mais vulneráveis também são importantíssimas para o desenvolvimento de uma personagem real e fácil de se identificar. Infelizmente, não aconteceu o mesmo com Kell… Apesar de torcer para que tudo ficasse bem, era sempre no futuro da Lila que eu pensava. Kell acabou ficando em segundo plano durante a minha leitura e não consegui me importar tanto assim com sua história e seus dramas.

Em relação à fantasia, Schwab mais uma vez mostrou que veio ao mundo para criar cenários incríveis e mexer bastante com a imaginação dos leitores. Tudo é muito bem detalhado e explicado – sem soar repetitivo ou maçante. Até uma língua própria da magia ela inventou para essa história, dá pra perceber que houve muito estudo e pesquisa para desenvolver as camadas necessárias.

Claro, o livro tem os seus clichês, um roteirinho vindo lá da Jornada do Herói, mas é único e bem divertido. Entrega tudo o que promete e flui bastante – depois do gancho dos primeiros 15%. E, apesar de ter gostado bastante do final, senti que poderia ter fechado a história neste primeiro volume. Não vou mentir que estou com um pouco de medo do que estar por vir nas continuações dessa trilogia, mas bem animado, também, para saber mais desse mundo fantástico!

Quaaase dei 4.5 estrelas por conta desses pequenos detalhes, mas acabei dando 5 mesmo. É o tipo história que vale muito a pena dar uma chance, mesmo se fantasia não for o seu estilo!

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A Autora: Victoria Schwab é autora de romances jovens adultos e de fantasia, como A Guardiã de histórias e a série Um Tom Mais Escuro de Magia. Quando não está escrevendo ou sonhando com monstros em algum café, Victoria gosta de viajar, fazer biscoitos e assistir a séries da BBC.

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