Duzentos anos após ser escrito, Frankenstein, obra-prima de Mary Shelley, recebe um tratamento de luxo da DarkSide. A obra será lançada em 06 de fevereiro inaugurando a coleção Medo Clássico.
A criação
No verão de 1816, Mary Shelley e um grupo de escritores ingleses — seu marido, Percy Shelly, o poeta Lord Byron e John William Polidori — dividiam uma casa na villa Diodatti, na Suíça. Entusiasmados pela leitura de uma edição francesa de Fantasmagoriana — coletânea de histórias sobre aparições, espectros, sonhos e fantasmas —, os quatro aceitaram o desafio de escrever um conto de terror cada. Mary concebeu a origem de Frankenstein. E curiosamente, Polidori escreveu o que viria a ser O Vampiro, romance que serviria de inspiração para Drácula, de Bram Stoker.
A criatura
Victor Frankenstein é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente. O resultado de sua experiência, um monstro que o próprio Victor considera uma aberração, ganha consciência, vontade, desejo, medo. Criador e criatura se enfrentam: são opostos e, de certa forma, iguais. Humanos! Eis a força descomunal de um grande texto.
A obra
A qualidade da obra tem a marca DarkSide: capa dura, novas traduções, ilustrações feitas por Pedro Franz, artista visual e autor de quadrinhos reconhecido internacionalmente. O livro é impresso em duas cores: preto e sangue. Além disso, esta edição conta com quatro contos sobre a Imortalidade, em que Shelley continua a explorar os perigos e percalços daqueles que se arriscam à tentação de criar vida: Valério: O Romano Reanimado; Roger Dodsworth: O Inglês Reanimado; Transformação; e O Imortal Mortal, histórias pesquisadas e traduzidas por Carlos Primati, estudioso do gênero.
A autora
Mary Shelley tinha apenas 19 anos quando começou a escrever Frankenstein, marco do terror e da ficção científica. Empoderada desde o berço, Shelley era filha de ninguém menos que Mary Wollstonecraft, a autora do primeiro tratado feminista da história, A Reivindicação dos Direitos da Mulher, de 1792! Mary Shelley estudou filosofia e ciências, além de ser defensora do amor livre — 150 anos antes de Woodstock. Além de Frankenstein, escreveu romances como Mathilda (1820), O Último Homem (1826) e Lodore (1835), e editou parte da obra do marido, o poeta Percy Shelley.