Sinopse HarperCollins: Um mundo de riqueza e privilégios esconde um assassino… A dra. Kate English tem tudo que pode desejar: um marido lindo, uma filha adorável, uma carreira bem-sucedida e uma mansão esplêndida, além de ser herdeira de uma grande fortuna. No entanto, tudo muda quando sua mãe, Lily, é encontrada morta na própria casa. Desolada, Kate procura a melhor amiga de infância, Blaire Barrington, que, mesmo após tantos anos sem contato, corre para ficar ao seu lado no funeral. Mas naquela mesma noite o luto de Kate se transforma em horror, quando recebe uma mensagem anônima a ameaçando de morte. Mais do que nunca, ela precisa de ajuda. Quando a amiga decide investigar sozinha a situação, fica claro que nem tudo é o que parece na alta sociedade de Baltimore. À medida que infidelidades, mentiras e traições vêm à tona, a tensão se torna cada vez maior, enquanto Blaire perturba amigos e parentes de Kate com suas incansáveis perguntas, tentando encontrar o assassino. O culpado pode ser qualquer um — amigo, vizinho ou ente querido —, mas, independentemente de quem for, está claro que Kate é a próxima de sua lista… (Resenha: A Última Testemunha – Liv Constantine)
Opinião: As irmãs que assinam sob o pseudônimo Liv Constantine saíram de uma estreia promissora com A Outra Sra. Parrish para um desastre completo em A Última Testemunha. A sucessão de bizarrices cometidas para justificar o que seria um thriller psicológico dá as mãos para um amontoado de descrições de riqueza e luxo, forçando a barra para o lado ostentação, e resultam num suspense meia boca que frustra fácil os leitores mais exigentes com qualidade.
A Última Testemunha envereda pelo caminho do suspense baseado em segredos familiares e tem um começo promissor que dá aquela empolgada. O ritmo rápido de narrativa construído a partir de capítulos mais curtos vai dando um tom de mistério que prende a atenção. Nesse sentido temos o misterioso assassinato da mãe de Kate. Ela, médica milionária e vivendo em meio à família perfeita, começa no próprio dia do funeral a receber mensagens e ameaças anônimas. Sua mãe foi morta e parece que ela é o próximo alvo. E aí, quem está por trás de tudo? Parece interessante, não? Eu também achei até o livro avançar e a história se perder em meio a infantilidades de criação.
Kate foi construída como uma personagem instável, capaz de surtar a qualquer momento. Só que as autoras exageraram na dose e acabaram montando uma protagonista insuportável e fake. Todas as atitudes de Kate são muito, mas muito, mas muuuuuuito exageradas. Isso vai irritando o leitor (pelo menos eu passei a torcer para que o assassino acabasse com ela logo). Os demais personagens, com destaque para a antiga melhor amiga que reaparece como ombro e apoio nesse momento difícil, flutuam pelas páginas recebendo menções aleatórias de que podem seus suspeitos naquela vibe de “vamos confundir a cabeça de vocês”. Só que, novamente, tudo soa muito forçado. E aí vem a cereja do bolo: as autoras foram obcecadas por descrições de riqueza e luxo em um grau de exagero cafona. É tanta riqueza e são tantas descrições e parágrafos dedicados a citar marcas e coisas caras que ficou cafona, infantil, imbecil e forçado.
Quando juntamos isso tudo numa sacola, sacudimos bastante e abrimos, vem uns plot que não levam a lugar algum e um desfecho que, se surpreende por trazer nomes inesperados, também decepciona por ser aleatório demais. Parece que o livro foi escrito sem uma revisão mais apurada da história como um todo, resultando nesse amontoado de clichês na vida de uma protagonista chata pra caralho e em uma trama que, bem avaliada, não se sustenta como suspense. No máximo um rascunho a ser revisado.
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Da Autora leia também:
A Autora: Liv Constantine é o pseudônimo das irmãs Lynne e Valerie Constantine. Separadas por três estados, passam horas a criar enredos via FaceTime e a saturar o correio eletrônico uma da outra. Atribuem a capacidade de engendrar enredos sombrios às horas que passaram a ouvir as histórias transmitidas pela avó grega.
Concordo plenamente com você!!
Elas fizerem um livrão com A Outra Sra Parrish, mas em A Última Testemunha, perderam a mão!!
Fiquei com a sensação de que elas não sabem escrver sobre investigação. Essa parte foi ainda pior, porque o detetive era um banana!!!
Pois é Rafael, o livro deixou muito a desejar. Única descrição que consigo fazer dele é: infantil!