Sinopse Arqueiro: Após ser gravemente ferido numa invasão à sua casa, o Dr. Marc Seidman desperta de um coma de quase duas semanas e descobre que sua vida foi destruída. A esposa foi assassinada. A filha, Tara, de 6 meses, desapareceu. Depois de tanto tempo, parece impossível descobrir onde a bebê está, mas de repente Marc tem um alento ao receber um pedido de resgate. Só que o bilhete faz uma clara advertência: se ele falar com a polícia, nunca mais verá a filha. Não haverá segunda chance. Sem ter a quem recorrer, Marc fica dividido entre a agonia e a esperança. E quando os investigadores passam a considerá-lo o principal suspeito dos crimes, ele precisa se lançar numa busca desesperada pela verdade não apenas para recuperar Tara, mas também para salvar a própria vida. (Resenha: Não Há Segunda Chance – Harlan Coben)
Opinião: Não Há Segunda Chance é aquele suspense em que ninguém é exatamente o que parece e o drama pessoal da tragédia ecoa tão forte quanto o mistério em si. É preciso destacar logo de cara que o desespero para salvar alguém que você ama – neste caso, um pai em busca de sua filha, é a tônica que move todas as atitudes deste livro. Incluindo o delicioso (sim, eu uso esse termo para situações que me agradam além da conta tanto no suspense quanto no terror) desfecho e sua motivação.
Este é o segundo livro que leio de Harlan Coben e ele veio menos de um mês depois de finalmente decidir conhecer sua obra (confiram minha estreia com o autor em Fique Comigo). Isso dá o tom do quanto o estilo de escrita, a composição do suspense e a qualidade do livro me fisgaram de jeito ne? Pois bem, como já tive ótimas estreias e péssimas continuações, encarei com o livro com muita cautela. Mas ela foi destroçada já nas primeiras páginas. Não Há Segunda Chance é um suspense viciante e eletrizante em todos os sentidos. Ele reúne tanto as qualidades de um bom thriller quanto de obras de ação e com as pitadas certas de drama. É impossível largar antes de chegarmos ao desfecho. Que eu acho impossível de ser adivinhado.
Pense que você acorda hospitalizado sem se lembrar de muita coisa, mas logo recebe a notícia de que sua esposa foi morta, você sobreviveu aos tiros que levou, mas sua filha de 6 meses desapareceu do local e até o momento ninguém fez contato pedindo resgate. Ah, e isso aconteceu faz duas semanas. Desesperador não? É o típico caso que devasta uma vida porque simplesmente é difícil recomeçar. Aliás, me pergunto por onde recomeçar quando se tem uma situação dessas pela frente com a dúvida piscando em néon: minha filha está viva perdida por aí? Nas mãos de quem? Mas um belo dia alguém aparece pedindo resgate e recomendando que a polícia não seja envolvida. Como você reagiria?
O que você seria capaz de fazer para salvar um filho?
Praticamente boa parte de Não Há Segunda Chance se desenrola em cima de decisões a serem tomadas por personagens que se encontram em situações limite. E isso inclui primordialmente o pai, Marc. Não há como cobrar atitudes racionais de alguém vivendo com tudo o que ele tem na cabeça. Como também não podemos julgar algumas ações que só vamos descobrir no desfecho.
Paralelo a isso, Coben incrementa sua história com uma possível rede de tráfego de crianças para venda, uma dupla sanguinária e sem limites de matadores, amores do passado que retornam e uma situação familiar do protagonista cheia de dúvidas sobre estabilidade do casamento que o coloca como suspeito ao invés de vítima. É um caldeirão de tramas perfeito para confundir nosso trabalho de leitores-detetives e para desviar as atenções. No fim, é mais um daqueles livros que nos consomem por horas sem fim até descobrirmos e solucionarmos tudo. E querem um spoiler inocente? Há mais segredos do que parece nessa história.
Leitura mais do que recomendada para os fãs do gênero, o melhor resumão que posso fazer é contar para vocês que o próximo livro de Harlan Coben já está na minha mesa de cabeceira esperando para ser lido. Suspense com S maiúsculo de qualidade!
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