A editora Todavia traz uma obra imperdível para os saudosos da infância dos anos 1980 no Brasil. Dinossauros, revistas do Pato Donald, bala Soft e diversas outras referências marcantes compõe Tupinilândia, de Samir Machado de Machado.
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No início dos anos 1980, com o Brasil rumando para a abertura política, um industrialista constrói em segredo um parque de diversões. Batizado de Tupinilândia, funcionaria como uma celebração do nacionalismo e da nova democracia que se aproximava. Todavia, durante um fim de semana em que se testavam as operações do parque, um grupo de militares invade o lugar e faz funcionários e visitantes de reféns. Duas décadas depois, um arqueólogo obcecado pelo mito de Tupinilândia, chega com sua equipe e descobre um terrível segredo. A partir daí as duas pontas do romance se unem numa aventura literária pelo passado recente do Brasil e pela memória dos anos 1980.
Confira 5 curiosidades sobre o livro
1. O chocolate Surpresa
A descrição dos dinossauros do parque TUPINILÂNDIA segue as cores e características dos dinossauros das cartelas do chocolate Surpresa, sucesso dos anos 1980.
2. A nostalgia dos brinquedos
Os brinquedos mais queridos dos anos 1980 também estão presentes no livro. Os saudosistas de Atari 2600, dos bonequinhos de Guerra das estrelas, da Barbie e da Susi vão ficar ainda mais nostálgicos. Durante a pesquisa, Samir também deu às marcas mais populares da década, como Gradiente, Grow e Estrela, um lugar de destaque: são patrocinadoras dos brinquedos do parque.
3. As cidades utópicas planejadas
As cidades utópicas planejadas serviram de inspiração para a criação de TUPINILÂNDIA. A história de Fordlândia, criada por Henry Ford nos anos 1920, foi uma das que chamou a atenção de Samir. A cidade paraense buscava manter o estilo americano em plena selva amazônica.
4. A moeda local
A moeda de TUPINILÂNDIA foi inspirada em uma situação real da política brasileira. Para entrar no parque, os turistas precisam trocar os seus cruzeiros na chegada e adquirir as tupiniletas. Inspiradas nas brizoletas, espécie de moeda gaúcha criada por Leonel Brizola, o dinheiro fictício tem cédulas com personagens dos quadrinhos do parque.
5. As brincadeiras literárias
A nostalgia também aparece em referências literárias. O autor fez uma homenagem aos livros que marcaram a sua infância: Lúcia já vou indo – primeira obra lida pelo autor na escola –, O Urso com música na barriga e As aventuras do avião vermelho são alguns dos clássicos que também serviram de inspiração para os nomes dos brinquedos do parque.