Sinopse Valentina: No verão de 1988, os corpos mutilados de quatro adolescentes desaparecidas começam a ser encontrados em uma pacata cidadezinha de Maryland. As provas macabras levam à aterrorizante suposição de que um serial killer está à solta naquele subúrbio tranquilo. Contudo, logo começa a se espalhar um boato de que o mal que está caçando as adolescentes pode não ser totalmente humano. Mas a polícia e o FBI têm certeza de que o assassino é um psicopata de carne e osso – e que está brincando com eles. Para uma comunidade outrora pacífica, agora aprisionada nas profundezas da paranoia e da desconfiança, parece que o pesadelo nunca vai acabar. O recém-formado Richard Chizmar volta para sua cidade natal no momento em que um toque de recolher é decretado e um grupo de vigilância de bairro é formado para fazer rondas. Em meio às preparações para o casamento e o início da carreira como escritor, ele logo se vê catapultado para o coração de uma história de terror verídica. Inspirado pelos eventos aterrorizantes, Chizmar escreve um relato pessoal do reino de terror do assassino em série, sem saber que aquele período de volta ao lar o assombraria por anos a fio. (Resenha: Perseguindo o Bicho-Papão – Richard Chizmar)
Opinião: Inicialmente, preciso dizer que Perseguindo o Bicho-Papão foi uma das minhas melhores leituras de 2024. E isso vindo de um livro que peguei para ler esperando, no máximo, encontrar um suspense mediano que me traria boas horas de distração. Graças ao bom Deus, quebrei a cara e me vi mergulhado em uma história envolvente, com um dos melhores desfechos que já li em todos esses muitos anos de leitor compulsivo.
Perseguindo o Bicho-Papão é uma mescla de estilos: vai do true crime para a metaficção, passando pelo suspense, pelo thriller e até pela autobiografia. Ah, e não posso esquecer de destacar que o autor, Richard Chizmar, é também personagem-narrador nessa história toda! É quase necessária a invenção de um novo gênero literário especialmente para classificar essa obra (sim, esta resenha vai ser muito imparcial e cheia de exageros nos elogios porque, definitivamente, o livro me conquistou pra c#%ralho).
E falando da história… A cidadezinha pacata onde Richard Chizmar nasceu e cresceu, situada no estado de Maryland, está sendo aterrorizada pelo sequestro e assassinato de jovens adolescentes. A cidade está em polvorosa, a polícia não consegue pistas nem avançar nas investigações, e há quem diga que algo sobrenatural pode estar por trás de tudo.
É nesse contexto que Chizmar, recém-formado, retorna à cidade e, aspirante a escritor, decide narrar esses acontecimentos, trazendo sua visão pessoal desse momento. Esses relatos são o que vamos ler em Perseguindo o Bicho-Papão: relatos de alguém que não só “ouviu dizer”, mas que, dentro do possível, tentou acompanhar de perto tudo o que estava acontecendo. Inclusive, há uma certa investigação paralela feita por Chizmar junto de uma amiga que trabalha no jornal local.
Este livro, narrado em primeira pessoa, tem o autor no centro dos acontecimentos, com uma narrativa viciante naquele estilo de construção que nos prende logo na primeira página. Os capítulos mantêm o suspense e dão o tom de tensão crescente pelo qual a comunidade está passando. O fato de o autor ter vivenciado esses acontecimentos traz uma carga emocional muito grande, porque estamos lendo uma história real, acompanhada de perto por ele.
Como complemento, o livro traz fotografias ao final de alguns capítulos: imagens dos locais, cenários e até das próprias vítimas. Essa documentação fotográfica ajuda a nos situar no que está acontecendo, algo que leitores de true crime estão acostumados a ver em livros do gênero.
Desnecessário dizer que o grande ponto aqui é a caçada ao assassino, intitulado de bicho-papão: seria algum morador local ou alguém de fora, que está apenas de passagem?
Para além de tudo isso, resta dizer que vocês não estão preparados para o desfecho que este livro traz. Pessoalmente, classifico-o como um dos melhores finais entre todas as leituras que fiz, não só em 2024, mas na vida. Sem exageros, ninguém espera, adivinha e tampouco está minimamente preparado para a forma (genial) como essa história termina.
Minha indicação é: leiam Perseguindo o Bicho-Papão! Se você é fã de thriller, true crime, suspense e dos grandes autores do gênero, este livro é imperdível. Encante-se com a construção dessa narrativa e, principalmente, com o final (saboroso!).
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Leia também:
Perseguindo o Bicho-Papão
A Última Missão de Gwendy (Trilogia A Caixa de Gwendy – Volume III)
A Pena Mágica de Gwendy (Trilogia A Caixa de Gwendy – Volume II)
A Pequena Caixa de Gwendy (Trilogia A Caixa de Gwendy – Volume I)
O Autor: Richard Chizmar é autor de diversas obras, sendo coautor (com Stephen King) da trilogia A Caixa de Gwendy, bestseller do New York Times. Perseguindo o bicho-papão foi finalista do prêmio Goodreads e eleito um dos melhores livros de terror dos últimos cinco anos também pelo Goodreads. Chizmar teve suas obras traduzidas em mais de 15 idiomas e participou de várias conferências como instrutor de técnica literária