Sinopse Harlequin: Em 13 de fevereiro de 1873, à meia-noite, em um castelo abandonado nos arredores de Paris, uma reunião está prestes a começar. Liderada pela aclamada médium Vaudeline D’Allaire, famosa por invocar os espíritos de vítimas de assassinato para desvendar a identidade dos criminosos, nessa noite ela conta com uma ajudante especial. Lenna Wickes está na França em busca de respostas para a morte da irmã, ex-aluna de Vaudeline, e decide estudar os mistérios do oculto e do sobrenatural para tentar compreender um mundo que sua mente lógica resiste em acreditar. Quando Vaudeline é chamada a Londres para solucionar o assassinato de um grande amigo, Lenna a acompanha. Sabendo que correm perigo, as duas se unem, determinadas a desvendar o mistério que envolve tanto a investigação de Vaudeline quanto a morte da irmã de Lenna. Durante a apuração, elas encontrarão os homens da exclusiva Sociedade Mediúnica de Londres e seus segredos, e logo ficará claro que não estão ali apenas para resolver crimes, mas talvez para cometer um. Em meio ao clima gótico da Londres vitoriana, essas mulheres vão ousar buscar a verdade e a justiça na perigosa arte de invocar os mortos. (Resenha: A Sociedade Oculta de Londres – Sarah Penner)

Opinião: Este novo livro de Sarah Penner traz um suspense com um mote bastante original: ele se passa entre a Sociedade Mediúnica de Londres e as sessões para invocação dos mortos, em uma Inglaterra vitoriana em que os médiuns começavam a ganhar cada vez mais notoriedade e muitos charlatães se aproveitavam disso para arrancar dinheiro de famílias enlutadas.

Antes de seguirmos com a resenha, e só para situar os leitores, Sarah Penner é autora de A Pequena Loja de Venenos e, claro, tem a resenha aqui no Leitor Compulsivo para vocês conferirem. Esse foi o livro de estreia dela e é um livro maravilhoso, imperdível, com uma narrativa muito gostosa e uma história original, intrigante e inteligente. Foi aquela grata surpresa de leitura que tive.

Pronto! Voltemos para A Sociedade Oculta de Londres, um suspense vitoriano em que teremos dois assassinatos principais aparentemente sem ligação entre si. De um lado, o presidente da Sociedade Mediúnica de Londres e, de outro, a irmã de Lenna, uma das protagonistas da história. Um membro proeminente da Sociedade vai convidar uma médium muito famosa, a Vaudeline, para realizar uma sessão e tentar acessar as memórias do presidente morto em busca de identificar quem foi seu algoz.

Num segundo ponto, em uma trama paralela, temos então a figura da Lenna. Ela é aprendiz da Vaudeline, mas sua motivação, na verdade, é conseguir contato com sua irmã falecida para tentar descobrir as circunstâncias de sua morte. Assim, a Sarah Penner vai desenvolver o seu suspense através de sessões mediúnicas para, a partir desse contato, desvendarmos quem é o vilão dessa trama.

A Sociedade Oculta de Londres mantém uma narrativa fluida, gostosa. É um livro de leitura muito tranquila. Porém, ele não me fisgou tanto quanto o livro de estreia da Sarah. Não estou dizendo que é um livro ruim ou um suspense ruim, mas talvez eu tenha ido com muitas expectativas por ter gostado demais da obra anterior, e acabei tendo uma leve frustração.

O enredo é muito original. A forma como ela faz a ambientação histórica, o detalhamento histórico e a forma como ela constrói uma narrativa em que tramas diversas vão se encontrar próximo ao desfecho é muito bem-feito. Só que, mesmo assim, não me encantou tanto. Inclusive o mistério de quem é o culpado, eu consegui matar a charada e descobrir o vilão bem antes do desfecho. Achei que essa parte não foi tão bem escondida assim e acredito que os leitores mais acostumados com suspenses vão todos desvendar isso com rapidez e facilidade.

Para os fãs, leitores habituais de suspense, A Sociedade Oculta de Londres não é um livro que prende a atenção a ponto de devorarmos em busca de reviravoltas, plots ou o choque do desfecho. Pelo contrário, essa narrativa fluida que falei cumpre seu papel, é bem desenvolvida no ponto da ficção histórica, mas para por aí. Não é um suspense “arrebatador”.

Uma das maiores qualidade que identifico na Sarah Penner é sua capacidade de ambientação histórica de forma a nos transportar facilmente para os locais onde a trama se desenrola. Nós conseguimos sentir os aromas, as pedras do calçamento e as tensões das sessões mediúnicas. É um ponto muito forte da autora e que me chama muita a atenção.

Fora isso, A Sociedade Oculta de Londres não me encheu os olhos, não prendeu tanto a minha atenção, tampouco trouxe surpresas ou reviravoltas. É um suspense correto, que cumpre o seu papel digamos que burocrático ali dentro do que a autora queria e nada mais que isso.

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Da Autora leia também:

A Sociedade Oculta de Londres

A Pequena Loja de Venenos

A Autora: Sarah Penner nasceu no Kansas e cresceu em uma pequena cabana no meio da floresta, o refúgio pitoresco onde viveu os primeiros anos de sua juventude, que moldaram a maioria de suas lembranças. Ela começou a escrever depois de assistir a uma palestra de Elizabeth Gilbert e, logo após o evento, se registrou em sua primeira aula de escrita criativa online e nunca mais parou. Sarah ama viajar, apesar de seu coração pertencer a Londres. Quando não está escrevendo, está cozinhando, fazendo yoga ou correndo ao ar livre no calor da Flórida. Ela é casada com seu melhor amigo, Marc, e tem orgulho de morar no estado ensolarado, com o marido e sua miniatura de “pelo de seda”, a salsichinha Zoe.

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Jornalista e aprendiz de serial killer. Assumidamente um bookaholic, é fã do mestre Stephen King e da literatura de horror e terror. Entre os gêneros e autores preferidos estão ficção científica, suspense, romance histórico, John Grisham, Robin Cook, Bernard Cornwell, Isaac Asimov, Philip K. Dick, Saramago, Vargas Llosa, e etc. infinitas…

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