Sinopse Arqueiro: Quando a rainha lhe pede para hospedar Hanni, uma princesa da Baviera, Georgie fica um pouco desesperada. Afinal, está vivendo sem empregados e sua magra despensa não tem nenhuma iguaria digna da realeza. Georgie então coloca o avô plebeu e a vizinha dele para fazer as vezes de criados enquanto se desdobra para ficar de olho em Hanni, que tem o péssimo hábito de cometer pequenos furtos, entornar todas nas festas e correr atrás de rapazes nem um pouco adequados à sua posição social. Quando um desses jovens convida Hanni para conhecer a livraria em que trabalha, Georgie reluta mas acaba concordando em ir junto. Ao chegar lá, as duas encontram o cadáver do moço e se tornam as principais suspeitas do crime. Agora Georgie precisa recorrer mais uma vez a seu talento investigativo para livrar não só o próprio pescoço, mas também o de sua difícil hóspede, enquanto ainda lida com a aparição repentina de um certo irlandês que sempre faz seu coração bater mais forte… (Resenha: O Caso da Princesa da Baviera – Rhys Bowen)

Opinião: Poucos meses depois dos episódios relatados em A Espiã da Realeza, Georgie Rannoch, a trigésima quarta na linha de sucessão ao trono britânico, é envolvida em um novo mistério com um acúmulo bastante estranho de mortes ao seu redor. Como se isso não bastasse, ela ainda precisa hospedar, e cuidar, de uma herdeira da coroa alemã, a princesa Hanni, da Baviera. Completamente sem dinheiro e se vendo na mira da polícia, como Georgie vai lidar com tudo isso sem provocar um escândalo de proporções internacionais?

Por esse breve resumo vocês já perceberam que o tom de O Caso da Princesa da Baviera é precisamente o mesmo do livro de estreia da série, A Espiã da Realeza. E é exatamente isso que vocês vão encontrar ao longo de toda a história. Um mistério que é tratado muito como pano de fundo para a ambientação inglesa e para as peripécias da protagonista pela sociedade britânica. Seguindo a linha que eu já havia mencionado na resenha anterior, Rhys Bowen não tem muitas preocupações com descrições tampouco com uma boa investigação. Tanto que, mais uma vez, tudo se esclarece de forma muito rápida em um único capítulo.

Sendo assim, qual o charme da obra, e da série em si? Aparentemente, caso os próximos livros não venham a me trazer outras impressões, o humor e as aventuras, às vezes rocambolescas, são o ingrediente principal da série A Espiã da Realeza. Os comentários muito bem-humorados, sarcásticos e ácidos é que dão tom de leveza para uma história que proporciona boas horas de uma leitura descompromissada para passar o tempo. A ambientação envolvendo a realeza, com uma protagonista que não tem um tostão furado e tem uma capacidade incrível para se meter em encrencas, é o ponto de destaque da série.

E falando especificamente de O Caso da Princesa da Baviera, Rhys Bowen conseguiu desenvolver uma galeria deliciosa de personagens que provocam facilmente um sorriso de diversão dos leitores. A princesa Hanni é uma impagável jovem fascinada pela cultura cinematográfica norte-americana; a baronesa encarna o lado glutão de uma nobreza decadente da terceira idade; os já conhecidos Darcy e Belinda seguem desempenhando o lado do galanteador e da jovem que curte a vida sem limites… Enfim percebem que tudo tem um ar extremamente caricato? E é basicamente assim que a história se desenvolve em meio às misteriosas mortes, ao comunismo que assombra os lares ingleses e ao início da ascensão de Hitler ao poder na Alemanha.

Sem trazer grandes reviravoltas e centrado basicamente em intrigas palacianas, O Caso da Princesa da Baviera não tem o suspense/mistério como forte, despertando pouca curiosidade no lado investigativo dos leitores. É uma boa indicação como romance leve para boas horas de diversão.

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Da Autora leia também:

A Caçada Real (Espiã da Realeza #3)

O Caso da Princesa da Baviera (Espiã da Realeza #2)

A Espiã da Realeza (Espiã da Realeza #1)

A Autora: Rhys Bowen é autora de mais de 40 livros e já ganhou mais de 20 prêmios literários, entre eles o Agatha, o Anthony e o Macavity. Muitas de suas obras entraram para a lista de mais vendidos do The New York Times e já foram traduzidas para 26 idiomas. Além das séries A Espiã da Realeza, Molly Murphy e Constable Evans Mysteries, ela escreve romances históricos independentes. Rhys nasceu em Bath, na Inglaterra, e atualmente vive entre a Califórnia e o Arizona.

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Jornalista e aprendiz de serial killer. Assumidamente um bookaholic, é fã do mestre Stephen King e da literatura de horror e terror. Entre os gêneros e autores preferidos estão ficção científica, suspense, romance histórico, John Grisham, Robin Cook, Bernard Cornwell, Isaac Asimov, Philip K. Dick, Saramago, Vargas Llosa, e etc. infinitas…

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