Sinopse Alfaguara: Conta a história de um serial killer inteligente e manipulador e de dois policiais que precisarão vencer os próprios limites para pegá-lo. Em uma noite extremamente fria em Estocolmo, um homem aparece sozinho e desnorteado em uma ponte. Quando ele é encontrado, a hipotermia já toma conta de seu corpo. Ao ser levado para um hospital, descobre-se que há sete anos ele foi declarado morto. Seu assassinato foi creditado ao serial killer Jurek Walter, que foi preso há alguns anos pelo detetive Joona Linna e sentenciado à prisão perpétua em uma ala psiquiátrica. Enquanto investiga o aparecimento desse homem e tenta entender onde ele esteve durante os últimos sete anos, evidências desconhecidas começam a aparecer e influenciar o caso que já estava arquivado. (Resenha: O Homem de Areia – Lars Kepler)
Opinião: Um grande thriller, daqueles que marcam e entram na nossa galeria de livros favoritos, inevitavelmente terá grandes personagens e, principalmente, um excelente vilão. É por isso que O Homem de Areia se tornou um best-seller mundial, conquistou uma legião de leitores e trouxe novamente aos holofotes a obra de Lars Kepler que andava meio apagadinha. Jurek Walter é o nome que vocês precisam guardar. Ele é o psicopata que vai prender a atenção e mexer com seu psicológico durante as mais de quatrocentas páginas desse suspense sensacional.
O Homem de Areia, quarto livro protagonizado pelo inspetor Joona Linna, tem uma premissa incomum. O vilão, Jurek Walter, está preso incomunicável com o mundo exterior. Ainda assim, é ele quem influencia e dá as cartas no que acontece do lado de fora. O motivo disso é a reabertura de uma investigação que pode estar diretamente ligada aos seus crimes. Uma vítima, dada praticamente como morta, reaparece e coloca o departamento de polícia em alerta. Há mais uma pessoa em cativeiro e é preciso uma verdadeira corrida contra o tempo para salvar sua vida. Entra em cena, então, uma galeria de personagens pra lá de bem construídos que vão tocar eixos de investigação em busca da verdade. Solucionar um mistério que tem raízes em outros países e em um passado de traumas e tragédias.
Composto por capítulos curtos e que se encadeiam em ritmo frenético, O Homem de Areia é um livro para ser devorado. Aliás, é assim com toda a obra de Kepler. O suspense ganha desdobramentos e há mais mistérios em jogo do que pensamos. E o ponto-chave: tanto nós quanto os investigadores não passamos de joguetes nas mãos de um vilão frio, calculista e muito mais inteligente do que pensamos. Jurek Walter é um dos melhores personagens que nós leitores vamos encontrar na nossa trajetória de livros. Bem criado, manipulador e dotado da ausência total de sentimentos, ele assombra os personagens que demonstram um medo genuíno dele. Medo esse que salta das páginas e nos fisga pelos cabelos.
A história de O Homem de Areia é construída em bases bem sólidas. Há explicações, detalhamentos e reviravoltas o suficiente para saciar a curiosidade dos leitores. Com nenhuma ponta solta, a cadeia de acontecimentos que leva à trama narrada no livro vai sendo desvendada já na metade final. Até lá sobram momentos de adrenalina, assassinatos a sangue frio, e cenas de revirar o estômago. Ah, claro, e um desfecho que deixa a história totalmente aberta para o livro que vem a seguir, Stalker. Haja curiosidade.
Embarquem no universo criado por Lars Kepler, protagonizado por Joona Linna e com muitos outros personagens tão fascinantes e importantes quanto ele. Da mesma forma que eu, vocês vão descobrir tramas surpreendentes de suspense e ganhar um novo autor favorito para lista.
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Do Autor leia também:
Lázaro (Joona Linna #7)
O Caçador (Joona Linna #6)
Stalker (Joona Linna #5)
O Homem de Areia (Joona Linna #4)
Alexander Ahndoril nasceu em Estocolmo, em 1967. Dramaturgo e romancista, publicou o seu primeiro romance, The Director, em 1989 e é considerado um dos jovens escritores de referência na nova literatura sueca. A sua obra conta já com oito romances e quinze peças de teatro.
Alexandra Coelho Ahndoril nasceu em 1966. Filha de mãe portuguesa, cresceu em Helsingborg e vive em Estocolmo. Divide o seu tempo entre a escrita, a crítica literária e uma tese sobre Fernando Pessoa. Com o primeiro romance, Castle of Stars, publicado em 2003, obteve o Catapult Prize 2003 para a melhor obra de estreia, conquistando a admiração de milhares de leitores na Suécia. Entretanto, publicou já mais dois romances.