Resenha: A Namorada Perfeita – Karen Hamilton
Sinopse Rocco: Juliette ama Nate. Ela fará qualquer coisa para ficar com ele. Qualquer sacrifício. Só que Nate terminou com ela tem seis meses. Mas isso é um mero detalhe. A namorada perfeita é o romance de estreia da britânica Karen Hamilton. O livro conta a perturbadora história da jovem Juliette que tem certeza que sua vida deve ser junto de Nate. (Resenha: A Namorada Perfeita – Karen Hamilton)
Opinião: Vocês simplesmente precisam conhecer Juliette. Talvez se tornarem melhores amigas dela ou quem sabe ser o cara da vida dela? Juliette é alguém incrível. Sabe como manter um bom papo. Corre atrás do que quer. É divertida. Uma boa companhia. Uma boa confidente. E ela sabe exatamente o que ela precisa para a vida dela. E não desiste. Aliás, desistir é algo que não existe na vida de Juliette. Enfim, não tem como ficar falando muito dela. Vocês apenas precisam MUITO conhecer Juliette.
Narradora super envolvente, dessas pessoas capazes de prender sua atenção por horas enquanto conta uma ou várias histórias, Juliette é uma garota com um passado triste. Ela perdeu seu irmãozinho em um acidente difícil de ser superado. Depois disso, foi complicado crescer em meio a uma escola onde ela não era ninguém e acabava vivendo à sombra da menina-top-popular. Juliette era ingênua e acabou se entregando ao sexo sem saber exatamente se estava na hora. Resultado? Virou motivo de piada entre as meninas da escola por ser precoce demais. Veja bem, uma coisa é falar sobre sexo. Outra bem diferente é fazer sexo.
Mas Juliette soube se virar e ir superando tudo isso. Até porque ela encontrou uma paixão para sua vida e hoje o objetivo de sua vida é mostrar pra esse cara – Nate, que ela é a namorada perfeita para ele. Ela é a garota que nasceu para viver e construir uma história com ele. O problema é que Nate tem se mostrado difícil para entender isso. Nate acha que há escolha ou que pode trilhar seu próprio caminho. Inocente demais o Nate. Só que Juliette tem cartas na manga, tem as chaves do apartamento dele, tem acesso ao celular dele através de um programa espião e, advinhem, ela acaba de se tornar comissária só pra estar mais perto dele, que é piloto. Juliette não vai desistir. Nate é dela e ela é tudo o que ele precisa.
“Se você ama alguém, liberte-o. Se a pessoa voltar, ela é sua. Se não voltar, obrigue-a”
Karen Hamilton estreia com o pé direito em A Namorada perfeita, um suspense psicológico criado em cima de um dos maiores clichês que uma história pode trazer, a garota obcecada por um cara, e isso não é um problema. Porque a trama de Karen é extremamente bem desenvolvida e tem uma qualidade ímpar: uma narradora perfeita. O livro de mais de quatrocentas páginas flui com uma leveza impressionante. A narradora, Juliette, é louca, psicopata, maluca, insana, mas ela tem o dom de prender nossa atenção e nos puxar para seu mundo em que tudo gira em torno de Nate. E acreditem, ela faz coisas bizarras que vão do ciúme normal ao crime.
A Namorada Perfeita é uma obra leve, por mais insana que seja. Os truques que a obsessão de Juliette a fazem lançar mão são tanto convincentes quanto um pouco duvidosos, o equilíbrio é tênue, mas a ficção perdoa qualquer coisa. O uso da tecnologia para monitorar ou espionar o homem dos sonhos é recorrente e relembra algo que venho notando em diversos livros do gênero: como as redes sociais são um ímã para sermos espionados, até porque quem jamais possamos imaginar.
A Namorada Perfeita foi devorado em dois dias e acho que isso é um bom motivo para indicá-lo para vocês. Cruel e fria, Juliette acaba sendo uma personagem fascinante. Sua obsessão por Nate não é amor, é algo doentio. Mas será ela um fruto da forma como cresceu e das experiências ruins desse processo, ou é algo natural, que nasceu com ela?
Vale tudo pelo amor de uma pessoa? Mesmo se essa pessoa não quiser nada contigo? Juliette sabe muito bem como responder isso. Inclusive ela pode dar boas dicas para vocês. Andem, venham conhecer Juliette! Ela é apaixonante!
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A Autora: Karen Hamilton viveu em vários países como Angola, Bélgica e Itália. Durante alguns anos fez parte da tripulação de uma importante companhia aérea, mas, depois de se casar e tornar-se mãe, abandonou a carreira e preferiu ser escritora em tempo integral.