Sinopse Editora Seguinte: Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. (Resenha: O Beijo Traiçoeiro – Erin Beaty).
Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações.
Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.
Opinião: Este livro é uma grande surpresa simplesmente por eu não ter encontrado um livro só de romance. O Beijo Traiçoeiro vende a história de um reino sob constantes ameaças e que para descobrir as tramas de seus inimigos utiliza o recurso da espionagem e a medida que vai decorrendo a história, elementos fantasiosos e já muito comuns neste gênero ganham forma e atuação.
Se não me falhe a memória esta é a terceira história que vejo um concurso ou evento que coloca as mulheres do reino em movimentação frenética para serem escolhidas damas de companhia, princesas ou outra coisa do tipo. Este é um recurso que está se tornando saturado e o único livro que consegue vender essa ideia tão bem construída é a trilogia A Seleção (em breve resenha).
Sage é uma personagem indomável e como seus pais é também uma alma livre. Porém, sua liberdade é colocada em confronto quando se trata dos eventos das “casamenteiras” e suas avaliações sobre quem ela é e o dever de respeitar o seu tio a quem deve muito. E é justamente aqui que temos a melhor parte do livro: as casamenteiras.
Elas são críveis e acima de tudo bastante políticas. São elas que definem o futuro do reino escolhendo quem são os melhores pares e justamente para se fazer alianças que prosperem o reino. É uma movimentação política muito bem construída e arquitetada; e como em toda questão política existem fragilidades que precisam ser combatidas é nesse ponto que Sage precisa atender os chamados do reino e o modo investigação é ativado.
No meio de toda essa aventura o romance é fundamental para construir uma personagem extremamente importante e para dar um teor a mais a história. É certo dizer que o livro começa a dar mais importância a esse evento da metade para frente. Antes disso, temos a apresentação do reino, a construção de seus ideias e a apresentação de personagens. Dentre eles além de Sage, quatro chamam atenção. São eles: o capitão, Alexander Quinn, o príncipe Robert, o bastardo Ash e o braço direito Casseck. Chamam atenção por suas personalidades divertidas e por possuírem uma amizade sólida que vai além do dever de soldado que os une.
O livro possui falhas de construção de fatos históricos que são necessários para entender o que está acontecendo no presente. E por outro lado, as outras moças do reino são mal construídas e a única ideia que vendem é de cumprir com suas obrigações sociais e o sonho de terem um casamento recheado de muito romance.
Erin Beaty entrega um livro com grande potencial de narrativa e eventos. Soube passar uma história que une elementos que já conhecemos mas que aqui parecem novos, justamente por sua imparcialidade em construir uma narrativa muito boa. leiam!
Avaliação: [yasr_overall_rating]
A autora Erin Beaty nasceu e cresceu em Indianapolis, Indiana. Formou-se na Academia Naval dos Estados Unidos com diploma em engenharia aeroespacial e serviu à Marinha como oficial de armas e instrutora de liderança. Ela e o marido têm cinco filhos, dois gatos e uma horta, e moram onde quer que a Marinha os leve.