Sinopse HarperCollins: Chris Brennan acaba de se mudar para Central Valley, na Pensilvânia. Ele veio atrás de um emprego como professor substituto e treinador de beisebol na escola de ensino médio local, com um currículo impecável e boas maneiras que só um bom homem poderia ter. Mas tudo sobre ele é uma mentira. Seu nome é um pseudônimo, seu currículo é falso. E ele veio para a cidade com um plano, que a princípio é perfeito – e para cumpri-lo, precisa ficar de olho no time de beisebol. Encontrar o que precisa para cumprir seus planos não deve ser tarefa difícil, e Chris foca sua busca em três meninos cujas vidas (e as de suas mães) giram em torno do time. Encantador e repleto de suspense, A mentira perfeita é um incrível thriller emocional, uma história criminal suburbana que prende os leitores até o final, com reviravoltas impressionantes e personagens que você não esquecerá facilmente. (Resenha: Uma Mentira Perfeita – Lisa Scottoline)
Opinião: Lisa Scottoline é bastante conhecida pelos seus thrillers de suspense de tribunal, ou suspense legal. São obras que se passam no universo dos escritórios de advocacia, sendo que as mais famosas envolvem a advogada Bennie Rosato (a maioria absoluta de seus livros é publicada no Brasil pela Editora Record). Para além disso, Lisa publica também algumas obras que, segundo seu próprio site, são classificadas como thrillers emocionais – já são 14 livros nesta temática, sendo que o penúltimo deles, é Uma Mentira Perfeita, recém-publicado no Brasil pela HarperCollins.
Como a classificação da obra deixa claro, Uma Mentira Perfeita se equilibra entre o suspense e o drama. O ponto principal da história é entregue já no primeiro parágrafo e o leitor fica ciente que a intenção do livro não é necessariamente desvendar um mistério, mas sim mostrar como se atingir um objetivo. Nós acompanhamos, portanto, um plano sendo executado. Há segredos, assassinatos, pequenas cenas de ação, mas nada que constitua um mega foco de curiosidade para os leitores. Se inicialmente Lisa consegue nos envolver facilmente com a narrativa em primeira pessoa do protagonista Chris, à medida que o livro avança, essa mesma narrativa vai ficando cansativa e se arrasta em alguns pontos. Precisamente nas partes em que o drama se sobrepõe.
Os caminhos da trama não fogem à tradição de conduzir o leitor para pontos que não necessariamente são verdadeiros. É complicado identificar se temos vilões e mocinhos, e as reviravoltas nesse sentido surpreendem facilmente. A partir do momento que o suspense perde força para o drama, o livro segue o curso da previsibilidade e vai desaguar num final pra lá de melodramático. Somem as surpresas e entram em cena as emoções.
Nas entrelinhas de Uma Mentira Perfeita, porém, se escondem temas caros à sociedade norte-americana atual como o terrorismo e a forma como as famílias, principalmente de adolescentes, lidam com a tecnologia, as amizades, e mais precisamente “o que seus filhos fazem quando não estão sob suas vistas”. Estes são os pontos fortes da história e que podem passar despercebidos para nós, brasileiros, justamente por não termos tanta identificação com questões como essas. Mas é bem interessante notar o desenvolvimento dos três garotos que protagonizam a história e como as ameaças podem estar mais próximas do que se imagina.
Se a Uma Mentira Perfeita faltam as características de tirar o fôlego que já vimos em outras obras de Lisa Scottoline, o livro se segura, porém, tranquilamente enquanto um bom drama. Há história de sobra para envolver, entreter e causar algumas coceirinhas de curiosidade com relação à postura de alguns personagens. É uma leitura válida e fica como porta de entrada para quem decidir se aventurar pelo restante da obra da autora. Vale a pena!
Avaliação: 4 Estrelas
A Autora: Lisa Scottoline é autora norte-americana de best-sellers, com dezesseis romances. Também escreve uma coluna semanal, chamada Chick Wit, no The Philadelphia Inquirer. Lisa já ganhou muitos reconhecimentos e prêmios, notadamente o Prêmio Edgar, dado por sua excelência em ficção criminal, e o prêmio Fun Fearless Female Award, da revista Cosmopolitan. Ela também ensina um curso que criou, chamado “Justiça e Ficção”, na Universidade de Direito da Pensilvânia, e regularmente dá palestras. Há vinte e cinco milhões de cópias de seus livros impressos e ela é publicada em mais de 30 outros países. Lisa se graduou em três anos pela Universidade da Pensilvânia, com uma licenciatura em Inglês, e sua concentração foi em Ficção Americana Contemporânea, instruída por Philip Roth e outros. Ela continua a ser um residente permanente da área de Filadélfia, onde vive com sua variedade de animais de estimação desobedientes.
Não conhecia essa autora. Irei procurar algum livro dela para ler.
Se vc curte thrillers de tribunal, no estilo John Grisham, vai gostar bastante da Lisa, Alan! =)