Sinopse Bertrand Brasil: Um thriller psicológico eletrizante, perfeito para fãs de A Garota No Trem e Garota Exemplar. Jane Hughes tem um namorado carinhoso, um bom emprego no abrigo de animais local e uma casa confortável no interior do País de Gales. No entanto, embora pareça estar feliz, vivendo uma vida perfeita, tudo isso não passa de uma farsa. Jane Hughes não existe de verdade. Há cinco anos, ela e suas melhores amigas saíram juntas em uma viagem que prometia ser a melhor de suas vidas. Contudo, o que era para ser o ápice de sua juventude rapidamente se transformou em um pesadelo aterrador que culminou com a morte de duas amigas. Jane fez o melhor que pôde para deixar o passado para trás, assumindo um novo nome e uma nova vida. Mas alguém sabe a verdade sobre o que aconteceu. Alguém que não irá parar até ter destruído Jane e tudo o que ela ama. (Resenha: A Farsa – C.L. Taylor)
Opinião: Amizades, por mais fortes que pareçam, possuem fissuras normais devido à natureza de qualquer ser humano. Quando quatro amigas decidem viajar juntas para curtir férias e se hospedam num local isolado em uma espécie de retiro de contemplação e espiritualidade, a fissura pode se aprofundar e mágoas antigas virem à tona. Ainda mais com influências de pessoas externas com opiniões as mais diversas. Comunidades alternativas, isolamento do mundo e metodologias opressivas se bem combinadas podem render excelentes histórias. Se adicionarmos uma boa dose de suspense, o resultado pode ser eletrizante.
Em A Farsa, C.L. Taylor nos conduz por uma tentativa frustrada de produzir um bom thriller em cima dos ingredientes que listei acima. Mesclando passado e presente, ela narra da história de Jane Hughes, sobrevivente de um pesadelo ocorrido durante uma viagem de férias pelo Nepal com suas outras três amigas. Nos capítulos centrados no passado, conhecemos a rotina das quatro em uma comunidade isolada no alto das montanhas geladas do Nepal. Uma rotina doentia e psicótica que acaba em tragédia (isso não é um spoiler). Já no presente, narrado em primeira pessoa por Jane, sua vida muda bruscamente quando ela começa a receber ameaças e avisos relacionados com seus dias no Nepal. O passado, que parecia enterrado, ressurge e fantasmas retornam para assombrar sua vida.
Construído sob uma boa premissa de thriller psicológico, A Farsa peca por ser cansativo e se arrastar em capítulos que não trazem absolutamente nenhum mistério que mexa conosco. Todos os elementos que poderiam ser explorados para gerar um suspense e fisgar nossa curiosidade foram descartados em nome de cenas bem “sem sal”. As melhores sequências se passam na tal comunidade isolada nas montanhas, e aí temos alguns momentos bem chocantes e doentios, mas todos são ofuscados pelo conjunto da obra que é chato. O presente e a vida de Jane são um saco e os mistérios pelos quais ela passa com bilhetes anônimos e ameaças são risíveis. Pra fechar com chave de ouro, o desfecho é fraco, embora faça sentido e a autora merece os créditos de não ter deixado lacunas nem buscado explicações bizarras.
Com aquele jeitão dos filmes de suspense que costumavam passar sábado à noite na televisão, A Farsa é um livro dispensável e não vale perder tempo com ele.
Avaliação: 1 Estrela
A Autora: C.L. Taylor é autora bestseller de thrillers psicológicos. Os seus livros venderam mais de um milhão de exemplares, tendo já sido traduzidos em mais de 20 países. Nasceu em Worcester, no Reino Unido, e formou-se em Psicologia pela Universidade de Northumbria.
Gostei do livro! Ops…nenhuma leitura é dispensável ou perda de tempo…