Paraíso Perdido, de John Milton, é considerado um dos maiores poemas épicos da literatura ocidental — de uma tradição que inclui a Ilíada e a Odisseia de Homero, a Eneida de Virgílio e a Divina Comédia de Dante. Publicado originalmente em 1667, na Inglaterra, a obra ganha duas novas edições no Brasil, sendo uma delas inédita. Ambos os lançamentos estão previstos para abril.
O poema original ganha uma edição de luxo em capa dura e miolo colorido pela Martin Claret em tradução consagrada de Antônio José de Lima Leitão, estabelecimento do texto conforme edição de 1840. Textos introdutórios, revisão das notas originais e notas adicionais por Fabiano Seixas Fernandes.
Já a DarkSide lança a premiada, e inédita, Graphic Novel feita pelo quadrinista e ilustrador espanhol Pablo Auladell. A HQ conquista pelas imagens, retratando a complexidade e tragédia de uma história atemporal com um toque pessoal, mas que respeita totalmente o texto original de John Milton.
Sobre a obra
Seu autor, John Milton (1608-1674), foi um dos grandes intelectuais de seu tempo e destemido apoiador da Revolução Puritana inglesa, que depôs e executou o rei Carlos I e proclamou a República em 1649. Com a restauração da Monarquia em 1660, Milton caiu em desgraça e, por um problema de saúde, gradualmente acabou perdendo a visão. Foi nessa condição que ele compôs este espantoso poema de 10.565 versos, inspirado no Gênesis, que narra a rebelião de Satã contra Deus, a Criação do Mundo e a Queda do Homem pela desobediência de Adão e Eva no Jardim do Éden.
Dotado de uma imaginação prodigiosa, por vezes herética, Milton, que havia defendido o divórcio, a liberdade de imprensa e até a poligamia, criou aqui o clássico da literatura cristã do século XVII.