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Resenha: Tartarugas até lá embaixo – John Green

Tartarugas até lá embaixo - John Green

Sinopse Intrínseca: Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo. A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância -, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses. (Resenha: Tartarugas até lá embaixo – John Green)

Opinião: John Green é um dos autores mais queridos da atualidade, principalmente pelo público jovem, que chorou e se apaixonou pela história de A Culpa é das Estrelas. Seu nome se tornou sinônimo de histórias profundas e emocionantes que conseguiram atingir em cheio o coração do leitor. Com apenas sete livros publicados, tornou-se um fenômeno, vendendo milhões de exemplares em todo o mundo, além de emplacar várias adaptações para o cinema. Obviamente, depois de seis anos sem novos lançamentos, estávamos com saudades de suas histórias. E a espera, enfim, acabou no último dia 10 de outubro, com o lançamento mundial de Tartarugas até lá embaixo (título original: Turtles All the Way Down).

Na história somos apresentados a Aza Holmes, uma jovem de 16 anos, que decide caçar um milionário desaparecido junto a sua melhor amiga Daisy, em busca da recompensa oferecida de 100 mil dólares. Com esse início bem simples, diga-se de passagem, poderíamos esperar mais um romance adolescente como tantos outros, mas é aí que lembramos que essa é uma história escrita por John Green. A personagem principal, Aza, sofre de TOC, transtorno obsessivo compulsivo, levando o leitor a uma viagem de agonia e desespero pelo universo de sua mente, tornando todo o resto como um mero pano de fundo, muito bem criado, penetrando na nossa alma a agonia e o desespero pelo qual a personagem vive.

O TOC é um transtorno mental que se caracteriza pela presença de diversas obsessões, que são pensamentos ou imagens indesejáveis que tomam conta da mente do individuo o obrigando a realizar diversos tipos de rituais com a intenção de afastar essas possíveis ameaças, causando muita ansiedade.  Quando anunciou o lançamento desse novo livro, John Green explicou ao público que, apesar de ser um livro de ficção, essa história teria muito de si próprio. Em Tartarugas até lá embaixo temos a oportunidade de ter uma noção exata de como a doença afetou o autor por tantos anos.

Além disso, como se a história de Aza já não fosse impactante, o autor, como em todas as suas histórias, cria romances improváveis e surpreendentes, reflexões sobre reencontros inesperados, o valor da amizade e da família e a tomada de decisões difíceis. Não há brechas para dúvidas ou qualquer ponto sem explicação, cada trecho, por mais simples que seja, ganha sua relevância e no final sabemos o porquê de terem feito parte da história.

O livro, apesar de ficcional, nada mais é do que uma declaração de amor e confiança de John Green para o seu público. É uma carta, de coração aberto, de todos os medos que afetam o autor por tantos e tantos anos. Se você ainda tem dúvidas, deixe-as de lado, essa é uma história que você não pode deixar de ler.

Avaliação: 5 de 5 estrelas

Sobre o autor: John Green é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e igualmente festejado pela crítica. É autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal, o Printz Honor da American Library Association e o Edgar Award e foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times.

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