Sinopse Record: Nos anos 1950, o Hotel da Torre, com seus 28 quartos, era a maior atração da pequena Londres, em Vermont. Hoje está abandonado, vivo apenas na memória de três mulheres — as irmãs Piper e Margot e sua amiga, Amy Slater, filha da família que o administrava. Elas costumavam brincar lá quando pequenas, até o dia em que as brincadeiras desenterraram algo macabro e sinistro do passado dos Slater — algo que determinou o fim da amizade de Piper e Margot com Amy. Com o passar dos anos, as irmãs fizeram tudo o que puderam para deixar o episódio para trás e seguir com a vida; Piper mora na Califórnia, enquanto Margot dedica-se à família e a estudar a história local. Até que um dia Piper recebe uma ligação de Margot em pânico: Amy e sua família estão mortos, supostamente pelas mãos da própria Amy. Só que, antes de morrer, Amy deixou escrita uma mensagem que as irmãs sabem ser direcionada a elas: “29 quartos”. De repente, Margot e Piper são forçadas a revisitar aquele verão fatídico em que encontraram uma mala e cartas que pertenceram a Sylvie Slater, tia de Amy, desaparecida na adolescência. (Resenha: A Torre do Terror – Jennifer McMahon)

“Todas as pessoas têm alguma maldade dentro de si. Todas”.

Opinião: A Torre do Terror foi um livro que, a despeito da promissora sinopse, não me fez criar grandes expectativas. E isso foi ótimo, porque acabei sendo surpreendido por um excelente suspense que fluiu num ritmo ágil e me fez devorar as quase quatrocentas páginas em três dias. Foi meu primeiro contato com a obra de Jennifer McMahon, de quem já ouvira falar muito bem por causa de Prisioneiros do Inverno, que com certeza estará nas minhas leituras futuras.

O Hotel da Torre, palco principal da obra, é aquele típico cenário para histórias macabras acontecerem. Situado às margens de uma rodovia em uma pequena cidade, suas descrições logo nos remetem aos filmes de sábado à noite na televisão. Aliás, toda a premissa do livro é bem cinematográfica, com descrições que nos transportam facilmente para o local. É neste cenário que as irmãs Piper e Margot, adultas, revivem um pesadelo de infância para desvendar os reais motivos da morte da amiga Amy.

O livro é organizado em capítulos que acompanham diferentes momentos no tempo. A história se divide entre o presente (2013), o passado da família proprietária do hotel (1955), e o passado das protagonistas (1989). Essas histórias compõe um quebra-cabeças cujas peças vão sendo encaixadas de forma extremamente interessante para nos levar ao desfecho. Em alguns momentos a autora faz passado e presente se revezarem na narrativa, com um complementando o outro na revelação de segredos e episódios-chave.

A maior qualidade de A Torre do Terror é entregar ao leitor exatamente aquilo que promete: um mistério bem amarrado com desdobramentos críveis conduzindo a um final sem fios soltos. A trama é muito bem desenvolvida e conta com um sem-número de detalhes que em alguns momentos embaralham nossa percepção e em outros se mostram pra lá de clichês. Os mais atentos já conseguem decifrar parte do mistério próximo do meio do livro, mas é inegável a qualidade da autora para desviar nossa atenção de pontos que lá na frente vão se mostrar essenciais.

O lado fantástico do desfecho não me agradou, mas foi foi totalmente coerente com o desenvolvimento da obra. Em suma, sem apresentar grandes inovações ou enveredar por caminhos mirabolantes, A Torre do Terror cumpre bem o seu papel de thriller e não decepciona os leitores.

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A Autora: Jennifer McMahon é autora de doze romances, incluindo os best-sellers do New York Times As Crianças na Colina, Não Diga uma Palavra e Prisioneiros do Inverno. Ela já escreveu sobre fantasmas, assassinos em série, monstros metamorfos, um cruel rei das fadas, um coelho sequestrado e uma piscina aterrorizante. Quando não está escrevendo, Jennifer passa bastante tempo explorando as obscuras florestas de Vermont e procurando lugares assombrados, sejam eles reais ou imaginários. Ela mora na Flórida com a parceira, Drea.

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