O 3º volume da série “Diários da Presidência”, de autoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, acabe de chegar as lojas recheado de polêmicas reveladoras dos bastidores da política em Brasília. No livro que relata o biênio de 1999-2000, logo após sua reeleição, o autor descrever os momentos em que viu sua popularidade derreter no curso da crise cambial que abalou o Brasil no final dos anos 90.
Baseado em gravações feitas para registrar seu cotidiano no cargo mais importante do Brasil entre 99 e 2000 o tucano relata a insistência do PMDB na busca por cargos no governo federal e reclama da “podridão” e “corrupção” que desde aquela época já assolava o sistema político brasileiro.
O novo livro revela ainda detalhes da relação de FHC com seu antecessor, e então governador de Minas, Itamar Franco, a quem chama de “egocêntrico e vingativo” e o acusa de sequer ter lido o Plano Real. Presidenciáveis na época, como Luiz Inácio Lula da Silva (“não tem grandeza”) e Ciro Gomes (“mau-caráter”), tampouco são poupados.
A série “Diários da Presidência” é um interessante registro histórico que vale ser lido independente de bandeiras partidárias.
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Diários da Presidência – Volume 1 (1995-1996)
Diários da Presidência – Volume 2 (1997-1998)
Diários da presidência – volume 3 (1999-2000)
Sobre o autor
Nasceu no Rio de Janeiro em 1931. Foi presidente do Brasil por dois mandatos consecutivos, de 1995 a 2003. Sociólogo graduado na Universidade de São Paulo, afirmou-se desde o final dos anos 1960 como um dos mais influentes intelectuais latino-americanos. A partir de sua carreira acadêmica e intelectual, teve importante papel na luta pela redemocratização do Brasil. Foi senador por São Paulo e participou da fundação do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) em 1988. Foi ainda ministro das Relações Exteriores e da Fazenda no governo Itamar Franco.
Ex-professor catedrático de Ciência Política e atual professor emérito da Universidade de São Paulo, foi diretor associado de Estudos na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, e professor visitante no Collège de France e na Universidade de Paris-Nanterre. Ocupou a cátedra Simón Bolívar na Universidade de Cambridge e ensinou nas universidades Stanford e de Berkeley. Foi ainda nomeado Membro dos Conselhos Consultivos do Institute for Advanced Study, Princeton, e da Fundação Rockefeller, Nova York. É autor de diversos livros.