Sinopse Francisco Alves: Cataratas de Gólgota fica num vale ressequido e desolado, ao norte do estado de Massachusetts onde, em 1919, o padre Bernard K. Lovell, pároco da igreja das Dores Eternas, sucumbindo do isolamento e ao desespero, entrega-se a uma negra noite de loucura, necrofilia e suicídio. Em 1978, um padre jesuíta enviado pela diocese para reconsagrar a igreja perdida e profanada, vê-se dominado pelas garras abjetas da bestialidade. Um local amaldiçoado em que, no limiar do século XXI, um homem de fé profundíssima e dois brilhantes pesquisadores do paranormal travam combate, tendo por armas a fé inabalável e a mais sofisticada tecnologia contra Satanás, o mais antigo e ardiloso adversário de todos. Cataratas de Gólgota narra a fascinante história da colisão frontal entre a moderna ciência da parapsicologia e os antiquíssimos mistérios da fé. (Resenha: O Demônio de Gólgota – Frank De Felitta)
Opinião: Nas décadas de 1970 e 80 as livrarias foram povoadas por excelentes autores de terror com histórias que causavam aquele frio na espinha e tiravam o sono por várias noites. Clássicos surgiram e se eternizaram como O Exorcista, O Bebê de Rosemary e A Profecia, só para citar alguns poucos exemplos. É nesse contexto que Frank De Felitta se insere. Um autor que publicou sete livros e que dominava como poucos as técnicas para uma boa história de horror. Infelizmente sua obra desapareceu das prateleiras brasileiras e hoje é praticamente desconhecida dos leitores.
O Demônio de Gólgota, que decidi apresentar a vocês na resenha de hoje, é um dos seus melhores livros, na minha opinião. Em certo aspecto acredito que ele rivaliza com O Exorcista, tendo este último a vantagem de um filme a lhe proporcionar fama mundial.
Uma minúscula igreja construída na pequena cidade de Cataratas de Gólgota, em Massachusetts, nos Estados Unidos, é o palco para uma história em que duelam o bem contra o mal, Deus contra o Diabo e a ciência contra a religião. Um jovem padre em busca de acertar contas com o passado familiar, um cientista ateu atrás de provas para o poder psíquico da mente, uma cientista agnóstica confrontada com situações além de sua compreensão. Estes protagonistas se misturam a um cenário carregado de tensão, dominado pela possessão demoníaca e por fenômenos sobrenaturais. O resultado é uma história eletrizante e perturbadora.
O autor não mediu palavras para descrever as cenas de possessão, perturbando os leitores com relatos completos de um exorcismo realizado na tentativa de tornar a igreja novamente um local consagrado a Cristo. Os confrontos entre as duas forças que se digladiam e as perturbações geradas na natureza humana de cada personagem são fortes, incômodas e viscerais. As opiniões e crenças de padres e cientistas são bem exploradas criando um amplo panorama para envolver o leitor tanto nas dúvidas e certezas quanto nos questionamentos que vão surgindo à medida que a história avança.
Aos fãs do terror este livro é indispensável e aos que quiserem se aventurar pelo gênero, vale a pena encarar as mais de quatrocentas páginas da história. Dificilmente vocês sairão ilesos dessa leitura.
Avaliação: 4 Estrelas
O Autor: Frank De Felitta é escritor, roteirista, produtor e diretor de cinema. Ele é mais conhecido por seus romances de terror, como As Duas Vidas de Audrey Rose (1975) e A Entidade (1978). Faleceu em 30 de março de 2016, de causas naturais.
Em uma época em que a religião e a parapsicologia entram em debate através dos acontecimentos assustadores nas Cataratas de Gólgota, onde Anita e Mário que são parapsicólogos de Harvard, entram em uma minuciosa investigação sobre fenômenos paranormais, que acabam se deparando com o jesuíta Malcolm cujo foi designado para exorcizar a Igreja das Dores Eternas. Em meio a toda trama de luta do bem contra o mal aflora-se os sentimentos mais tenebrosos do padre sendo ele acometido por diversas alucinações que seriam consideradas como possessão por demônios pela igreja, fazendo que ateus ganhassem uma sensibilidade ao sobrenatural. Numa visão passada pelos capítulos onde arbitrariedade da religião fez com que o jesuíta não fosse auxiliado pela própria igreja e alucinação coletiva fez com que Mário fosse tratado como um louco por não conseguir expor sua pesquisa.
“Aprendiz de serial killer”? Isso era pra ser engraçado?
Um péssimo comentário para alguém que se intitula um bookaholic…
Poxa Caio, fico triste que a minha autodescrição sarcástica precise de tradução para você. Eu não entendi o que isso tem a ver com o fato de eu ser um bookaholic (você sabe o que essa palavra significa ne?). Vou dedicar meu tempo a te explicar tudo, mesmo que esse espaço seja voltado para debatermos o livro e não eu:
-> Bookaholic é alguém viciado em livros ou em leitura. E a leitura e os livros fazem parte da minha vida desde que eu me entendo por gente e eu simplesmente não passo um dia sequer sem ler uma página que seja.
-> Sou fã de suspense, terror, thriller, mistério e etc etc etc e por isso me descrevi sarcasticamente como um “aprendiz de serial killer”. Já li livros de serial killer o suficiente para brincar com essa descrição.
Ah, mas não tive intenção de ser engraçado não, até porque a minha descrição é o que menos interessa nesse site. E desculpe se ofendi a sua conservadora visão das coisas.
De qualquer forma, obrigado por dedicar o seu tempo a esse comentário. Fico no aguardo de você falar o que achou da sua leitura de “O Demônio de Gólgota”.