Sinopse Intrínseca: Simon tem dezesseis anos e é gay, mas ninguém sabe. Sair ou não do armário é um drama que ele prefere deixar para depois. Ele só não contava que Martin, o bobão da escola, iria chantageá-lo ao descobrir sua troca de e-mails com Blue, pseudônimo de um garoto misterioso que a cada dia faz o coração de Simon bater mais forte. Uma história que trata com naturalidade e bom humor de questões delicadas, explorando a difícil tarefa que é amadurecer e as mudanças e os dilemas pelos quais todos nós, adolescentes ou não, precisamos enfrentar para nos encontrarmos. (Resenha: Simon vs. A agenda homo sapiens – Becky Albertalli)
Opinião: Olá, Compulsivos! Finalmente li Simon vs. A agenda homo sapiens, o livro de estreia da autora Becky Albertalli, que ganhará as telas dos cinemas no próximo mês de março (Você pode assistir ao trailer do filme aqui). Devo confessar que não me interessei muito pelo livro inicialmente por dois motivos: 1) o título me remetia a algo meio estranho; 2) por conta disso, não me dei o trabalho de ler a sinopse do livro antes. Erro meu, pois quem me acompanha aqui no LC sabe que esse é o tipo de história que eu realmente gosto.
O livro conta a história de Simon, um jovem gay, que só contou sobre isso a um jovem que se comunicava por e-mail, chamado Blue. Os dois não sabem quem é um e outro, mas trocam mensagens frequentemente e sabem que estudam na mesma escola. Todo o drama começa quando outro aluno, Martin, lê uma das mensagens e começa a chantagear Simon para ajudá-lo a sair com sua amiga Abby ou revela a todos o seu segredo. O enredo é bizarro, mas acredite totalmente verossímil.
A história criada por Becky Albertally é interessante e tem vários caminhos: a sexualidade de Simon, a chantagem de Martin, o mistério sobre quem é Blue, a relação de Simon com sua família e o grande ponto chave pra mim, a forma como Simon precisa encarar seu verdadeiro eu e tomar suas próprias decisões. Nesse último ponto, é visível como o protagonista amadurece ao longo de toda a trama.
Simon é cercado de muitos amigos, acredito que esse tenha sido o artifício criado pela autora para deixar o leitor confuso sobre quem seria Blue, obviamente ela consegue. O grande problema é que com tantos personagens, o leitor mal é apresentado a vários deles, que simplesmente vão surgindo na trama, dificultando um pouco a leitura. Talvez por isso tenha sido mais difícil, pra mim, engatar na história. Em alguns momentos o livro tem passagens cansativas sobre diálogos que não acrescentaram muito ao todo.
No final, dentre vários desfechos, chegamos a revelação mais esperada do livro: Quem é Blue? Claro que eu shippei o casal que eu pensei que fosse formado por Simon e Blue, mas dessa vez shippei errado (rs). Porém, curti bastante o desfecho dado pela autora e, juro, não me dei conta durante a leitura.
De toda forma, devo destacar que a autora, entre erros, acertos e alguns caminhos óbvios, conseguiu acertar no tom do seu romance. Ela entrega ao leitor um história interessante, consegue cativar nossa atenção e mostra todo o potencial para ter um link direto com o público jovem. Se você, assim como eu, adora um drama escolar adolescente essa é daquelas leituras que valem a pena. Não achei excepcional, mas achei bom. Curiosamente, esse é daquelas livros que podemos ficar ainda melhores na tela dos cinemas. Agora é só esperar até março.
Avaliação: 4 de 5 estrelas
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